A comissão de Esporte recebeu nesta quarta-feira (14/07) na Câmara de Vitória, a atleta de Vôlei sentado convocada para as Paralimpíadas de Tóquio, Luíza Guisso Fiorese. A desportista de 24 anos, que esteve acompanhada de sua família, defendeu a divulgação do paradesporto. Ela mostrou a importância de se entender que a deficiência não limita o atleta, que se destaca pela sua alta performance e não pela sua deficiência.
Luíza Fiorese falou de sua visibilidade como atleta que representará o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio. “Estou feliz porque a minha representatividade hoje é muito importante, e me sinto representada quando vejo uma Câmara com mulheres que lutam por nossa causa. Vemos tão poucas pessoas nessa área do paradesporto, então precisamos de mais pessoas”, afirmou destacando a necessidade de divulgação dessa modalidade.
Ela descreveu sua biografia e disse que começou sua prática esportiva com o handebol na escola quando começou a competir, aos 14 anos. Mas aos 15 anos ela descobriu um câncer na perna e teve que colocar uma endoprótese no fêmur e joelho.
“Foi muito duro porque senti que tinham tirado o esporte da minha vida. A falta de divulgação do esporte paralímpico… na nossa ignorância, a gente pensa que só pode entrar o para o esporte paralímpico quem não tem perna, ou braço. Mas o esporte paralímpico é muito mais do que isso. Ele devolve a vida para gente. Então depois de seis anos, eu retornei ao esporte”, contou.
“A gente perde muito material humano, precisamos de mais pessoas no paradesporto. Precisamos chegar a mais pessoas. Eu me recusei a aceitar que só porque que tinha colocado um pedaço de metal na minha perna, minha vida tivesse acabado. A nossa deficiência não nos define, nem limita”, afirmou.
A atleta chamou a atenção para o que seria uma mentalidade inclusiva que enxerga o atleta pela sua performance. “A gente costuma ser rotulado pela nossa deficiência, pela nossa superação e não é só isso. O câncer fez parte da minha vida, tenho orgulho da minha história, mas passou. Não precisamos estar sempre falando disso. Para mudar algo, precisamos mudar algumas visões, ter esse entendimento que o atleta paralímpico é um atleta de alto rendimento. Quando a pessoa fala de nossa deficiência, parece que deixa de lado todas as horas de treino, todas nossas conquistas.. Devemos ser inclusivos na mentalidade, para olhar para o outro como igual e não como uma pessoa incapaz”, destacou.
O presidente da Comissão de Esporte, vereador Duda (PSL) parabenizou Luíza e lembrou da palestra que ela ministrou divulgando o paraesporte, e também da realização dos jogos paradesportivos no município em conjunto com os jogos de pessoas sem deficiência, o que possibilitou uma troca importante entre os presentes.
O presidente da Câmara, vereador Davi Esmael (PSD) concordou com as colocações de Luíza. “Quero que essa Casa seja um espaço de fomento ao esporte, para darmos um enfoque maior à inclusão. Ele relatou uma lei em que os atletas premiar de forma igualitária os diversos atletas, com ou sem deficiência.
Estiveram presentes os vereadores: Duda Brasil (PSL), Gilvan da Federal (Patriota) e Davi Esmael (PSD).
Texto: Fátima Pittella
Imagem: Géssica Amâncio
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