A Comissão de Educação da Câmara de Vitória recebeu a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner, nesta sexta-feira (21/10) para prestar contas do 2ª quadrimestre de 2022 (maio-agosto).
A rede municipal de ensino conta com mais de 15 mil crianças matriculadas nos 49 Centros Municipais de Educação Infantil, sendo 8.898 nas creches e 6.505 na pré-escola. Nas 53 Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef) são mais de 25 mil estudantes. E na Educação de Jovens e Adultos (EJA) são 1.965 estudantes. Desses, 613 estão no segmento profissional.
Sobre o EJA, a secretária informou que esse ano, Vitória alcançou a meta 10 do Plano Nacional de Educação, ou seja, oferecer, no mínimo, 25% das matrículas na EJA de forma integrada à educação profissional.
A secretária agradeceu à equipe da educação. “Sabemos que a educação é feita com muito trabalho e a muitas mãos, então nesse mês em que celebramos o dia do Professor, quero parabenizar a todos eles”, afirmou.
A rede municipal tem 7.149 servidores entre efetivos, comissionados e estagiários; 4.960 profissionais do magistério e 1.465 servidores terceirizado.
Em relação às receitas, o município investiu, de maio a agosto de 2022, R$ 97.4 milhões do Fundeb e R$ 106 milhões de recursos próprios. Dentre as despesas estão; R$130 milhões em pessoal e encargos, R$ 60 milhões em custeio, R$ 10 milhões em obras e reformas, R$ 10 milhões em materiais e R$ 4 milhões para alimentação escolar.
Juliana Rohsner relatou a dificuldade enfrentada pelo número de licenças médicas. “Aqui é nosso ponto de desespero. Vimos que nesse processo pandêmico tivemos um afastamento por questões psicológicos e respiratórias significativas. Tivemos 973 profissionais afastados, tivemos uma média de 4 profissionais afastados todos os dias nas escolas. Isso é um problema e a Secretaria faz um esforço para manter professores. Mas teve turmas que foram liberadas por falta de professor. Não por falta de contratação, mas por questão médica. Esses dias serão repostos para que nossas crianças não tenham perdas pedagógicas, assegurou.
Sobre as obras, a secretária listou que estão construídas novas sedes de ensino em; Jardim Camburi, Inhanguetá, São Benedito, Moscoso, Romão, Tabuazeiro, Nova Palestina. São R$ 108,1 milhões em execução.
“Recebemos muitos questionamentos sobre refrigeração nas escolas. Tinham 48 aparelhos de ar condicionado parados porque a rede elétrica não dava conta. Essa é uma parte que demanda muito investimento e ninguém vê, mas isso representa segurança para nossas crianças e também um cenário mais propício para aprender”, disse a secretária se referindo às obras de instalações elétricas nas escolas.
“Entregamos tablets para todos os estudantes de 5º ao 9º anos e também na EJA num investimento de R$ 25 milhões”, contou Rohsner.
Sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021, Vitória manteve a pontuação de 5,6, sendo uma das poucas capitais que não reduziu a pontuação por conta da pandemia.
Ao responder as perguntas sobre vagas, a secretária assegurou que há vagas na rede para todas as idades, mas há gargalos em Jardim Camburi e no Centro. Ela esclareceu que a obra em Jardim Camburi deve ser entregue em meados do ano que vem, e no Centro, as obras devem dobrar o atendimento. “Hoje atendemos 96% da demanda da educação infantil”, afirmou.
O vereador Piquet fez questão de destacar como o investimento na educação significa uma economia para todo o Estado. “Um adolescente apreendido, por exemplo, custa para o Estado R$ 8 mil por mês. A gente está falando no valor de um ano de ensino. Ou seja, um mês do adolescente apreendido custa um ano do adolescente na escola. Além de economizar, a gente cria uma sociedade melhor porque esse adolescente vai trabalhar, gerar renda e não vai onerar o Estado”, relatou.
A reunião contou com os vereadores: Delegado Piquet (Republicanos), André Brandino (PSC), Duda Brasil (União), Luiz Paulo amorim (SDD), Maurício Leite (Cidadania).
Texto: Fátima Pittella
Imagem: Teo Gelson Santos
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