Os vereadores da Comissão de Meio Ambiente e Bem Estar animal receberam nesta quarta-feira (10/05) o Secretário de Meio ambiente, Tarcísio Foeger e a Subsecretária de Atenção à Saúde, Fabrícia Forza para debater o bem-estar dos animais do município. Eles vieram acompanhados de Cristiane Stem, Subsecretária de Qualidade Ambiental e Bem-estar Animal, Geane Sobral, gerente de vigilância em Saúde.
O vereador Chico Hosken agradeceu à equipe das duas secretarias que, segundo ele, têm dado todo o suporte para suas comunidades.
Luiz Paulo Amorim disse que havia uma confusão dos munícipes sobre as atribuições entre as duas pastas em relação ao recolhimento, transporte e guarda provisória dos animais e que nesta reunião, se trataria disso.
Fabrícia Forza, Subsecretária de Atenção à Saúde, destacou que hoje já se pensa na Saúde integral, o que inclui os animais. “O número de (animais) abandonados tem aumentado, o que nos preocupa. Os animais têm doenças que acometem os humanos. Hoje deve sair uma publicação com a criação desse Grupo de Trabalho para que possamos intensificar essa questão”, apontou.
A gerente de Vigilância em Saúde, Geane Sobral, apresentou o número de atendimentos de esporotricose, uma micose subcutânea, nos últimos três anos. Ela afirmou que em 2020 foram realizados 218 atendimentos de pessoas com esporotricose, e que em 2021, foram 213, e em 2022, foram 733 atendidos. “Isso representa um crescimento de aproximadamente 200% no atendimento”, disse.
“Estamos focados nas doenças que podem ser transmitidas pelos animais. Além disso, o número de animais recolhidos em atropelamentos praticamente dobrou. Acreditamos que isso seja uma consequência da pandemia”, afirmou Geane.
A Subsecretária de Qualidade Ambiental e Bem-estar Animal, Cristiane Stem, lembrou que a causa animal precisa ser discutida em todas as vertentes, além do âmbito do meio ambiente. “Somos o único município do Espírito Santo que tem uma subsecretaria especializada em bem-estar animal”, ressaltou.
“O programa de fluxo contínuo de castração que visa controlar o número de animais errantes, prioriza o atendimento para protetores independentes e munícipes em situação de vulnerabilidade”, esclareceu a técnica.
“Temos 4,7 mil (castrações) realizadas, sendo que 80% foram para esse público priorizado. Assim conseguimos reduzir o número de animais errantes. Além disso, uma vez ao mês fazemos eventos de adoção para esses animais que estão na rua e já foram castrados. Em 2022 foram 170 animais adotados. E esse ano foram 20 animais adotados”, disse, convidando para a próxima feira a ser realizada no dia 13/05, na Estácio de Sá, em Jardim Camburi.
Ela também falou do “Pata Vix”, que é o acolhimento para animais recolhidos em sofrimento extremo. “Os animais são tratados, vermifugados, castrados e disponibilizados para adoção”, contou.
Tarcísio Foeger, Secretário do Meio Ambiente enfatizou os avanços na sua pasta. “Colocamos equipe e recursos, e hoje temos ações que vão desde o aumento de eventos de adoção, a acolhimento em animais de risco, e cerca de 5 mil animais castrados, além do manejo da fauna silvestre”, ressaltou.
O vereador Vinicius Simões sugeriu ao Secretário que se fizesse um cadastramento dos protetores independentes, com fornecimento de uma carteirinha. O vereador também questionou os valores disponíveis para a castração e para o transporte dos animais. Além disso, Vinicius perguntou sobre o funcionamento do 156, que ele usou duas vezes para denunciar animais abandonados e não foi atendido.
O Secretário esclareceu que o vereador confundiu os contratos de serviço. “Um contrato é o de acolhimento de animais de risco, que dentro do escopo de serviços está o de castração. O outro contrato é específico para a castração”.
A subsecretaria Cristiane Stem complementou, detalhando que o valor de transporte de 2,5 mil reais é para animais de grande e médio porte, como cavalos e bois, que inclui o transporte, a contenção com medicamentos e o acompanhamento de profissionais especializados. O outro custo, de 600 reais, é para transporte de pequenos animais.
A protetora Marcilea Leandro questionou o atendimento 156 e citou alguns casos em que ela ligou e não foi atendida, especialmente no fim de semana. A subsecretária Fabrícia Forza admitiu que houve uma falha técnica durante um período. “Fazemos o recolhimento de animais atropelados por meio do 156, que é o que dispomos atualmente. Mas estamos iniciando um Grupo de Trabalho para aprofundar essas questões”, assegurou.
A questão do atendimento pelo 156 foi levantada por mais de um protetor. O vereador Luiz Paulo Amorim se comprometeu a conversar com o Executivo para melhorar esse atendimento e talvez até fornecer uma linha dedicada ao atendimento aos animais.
O vereador Anderson Goggi revelou o caso de um cavalo que está “pele e osso” e que havia sido resgatado pela Prefeitura. O Secretário se comprometeu a mandar uma equipe hoje para checar as condições do cavalo. “Faremos uma auditoria no local para verificar se há alguma irregularidade. Nosso objetivo é recolher um animal da rua para devolvê-lo em condições melhores”, afirmou.
Estiveram presentes os vereadores: Luiz Paulo Amorim, Chico Hosken e Anderson Goggi, Vinicius Simões.
Texto: Fátima Pittella
Imagem: Vitor Junquilho
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