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Secretária fala sobre a implantação do tempo integral nas escolas de Vitória
quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A Câmara de Vitória recebeu nesta quinta-feira (17/08), a Secretária Municipal de Educação Juliana Rohsner Vianna Toniati para falar sobre a implantação da jornada em tempo integral nas escolas da capital. Atualmente seis EMEFs e onze CMEIs contam com a jornada de nove horas. Além delas, oito CMEIs estão em transição do período parcial para o integral.

O vereador Davi Esmael abriu a audiência agradecendo a presença de todos e afirmando que a escola integral é “um espaço e um ambiente seguro o dia inteiro para se deixar as crianças enquanto os pais trabalham”.

Para o vereador Duda Brasil, a escola em tempo integral é uma grande vantagem porque “os pais podem aproveitar o tempo após a escola para ficar com os filhos.”

O vereador Leonardo Monjardim se disse suspeito para falar do tema já que ele acredita muito no modelo. “O tempo integral é de extrema importância para a formação das crianças. Ele dá essa possibilidade de se sair da grade tradicional e ampliar para outros exercícios que vão fortalecer o conhecimento e a interação da criança na escola”.

O vereador Luiz Paulo Amorim concorda e lembra que a escola em período integral também vai tirar as crianças da rua. “A gente sabe o quanto é importante a escola integral não só pela educação, mas também para cortar o elo das crianças com o tráfico. Hoje a gente vê que o tráfico está usando as crianças de dez anos como ‘mula’ (levar e trazer drogas). Então é uma questão social”, ressaltou.

Para André Brandino, a educação integral é vantajosa para o currículo das crianças. “A gestão atual está conseguindo implantar a educação integral, que praticamente necessita que se construa outra escola”, disse, lembrando que ele próprio estudou em tempo integral.

Juliana Rohsner esclareceu que a implantação do tempo integral é difícil, mas necessária. “Temos que saber para quem trabalhamos e propor ações concretas para esse público, que no caso, são as crianças e estudantes”, destacou.

“O tempo integral dá condições de trabalho para fazer uma educação em sua integralidade. É mais do que cognitivo, mais do que só os conteúdos curriculares. É pensar no sujeito que está em desenvolvimento que vai ocupar um mundo que não conhecemos e que vão ocupar profissões que nem existem ainda. Então temos que fornecer habilidades e competências para um mundo desconhecido. É desse sujeito e dessa escola que estamos falando”, detalhou.

Ela lembrou da questão da alimentação, em que a escola responde por pelo menos 70% das necessidades do estudante. “Trata-se de um lugar de proteção social. É um lugar que enxerga assédio sexual, abusos, trabalho infantil. É onde quebramos ciclos de pobreza, de violência”, afirmou.

Ela também destacou que o tempo integral é uma reparação histórica para as mulheres que muitas vezes são o arrimo da família e que trabalham em ocupações informais porque têm que buscar o filho na escola. “A escola é rede de apoio para muitas delas”, conta.

Segundo a Secretária, a educação em tempo integral é uma política pública em Vitória reconhecida nacionalmente. “Recebemos pessoas de outros estados e municípios que querem entender como as coisas são feitas aqui. Os meninos estão dando show nos resultados. Temos uma escola que é referência em alfabetização no Estado e que está localizada no Morro do Macaco, na periferia. Queremos garantir uma escola de qualidade para todos. Todo o futuro de nosso país está saindo da escola pública, que tem que dar certo. É por isso que agente trabalha”, relata.

Disciplinas - Silvana Teixeira, Coordenadora do Tempo Integral, apresentou as atividades desenvolvidas ao longo da jornada escolar integral. Ela esclareceu que o currículo integrado contempla o currículo comum (história, matemática, português etc) e o currículo diversificado. Dentre a parte diversificada e práticas educativas, Silvana Teixeira listou: acolhimento, projeto de vida, eletivas, orientação de estudos, tutoria, protagonismo, práticas de protagonismo e música.

“São disciplinas que visam de forma mais efetiva o desenvolvimento das competências, dos valores e dos princípios da Escola em Tempo Integral, já que priorizam a autonomia, escolha e participação autêntica dos estudantes”, cita na apresentação.

A vereadora Karla Coser afirmou que sempre defendeu a educação integral, que foi a realidade dela. “Nossos questionamento são sobre a forma em que está sendo implementada e também sobre os professores. Temos que pensar no povo e as críticas precisam ser feitas, temos que ter o espaço para falar”, disse, lembrando da audiência pública dessa noite (17/08).

“Em muitas escolas, o tempo integral não pode ser a realidade, como quando existe conflito de territorialidade”, disse. “Por que não conseguimos turmas parciais nas escolas integrais?”, sugeriu.

Juliana concorda com a existência do conflito da territorialidade. “Isso é uma realidade, sim. São crianças que não podem atravessar de um lugar para o outro, e tentamos levar isso em consideração. Mas vamos deixar de ofertar algo que é bom para crianças, porque o poder paralelo não queria? Mesmo o traficante tem irmão e primo que estão na escola. Existe também o respeito com a escola. Não podemos recuar. Temos experiência de pessoas rivais que estudam na mesma escola porque a escola está naquele território e a pessoa precisa estudar ali”, descreveu.

Ela esclareceu que no tempo integral, as disciplinas são intercaladas com as atividades. Então não tem como separar o parcial do integral.

Érika Almeida, presidente da Associação de Crianças com paralisia cerebral, relatou a importância da participação da família na escola. “A família tem que estar junto com a escola. A escola, com a família levando suas ideias e demandas, tem muito a avançar. A família tem que ser uma parceira muito grande e não só levar a criança. Tem que ter diálogo”, disse.

O vereador Davi Esmael encerrou a audiência reforçando que há convergência do tema entre os vereadores e que todos sabem da importância do tempo integral. “Tivemos um momento importante de diálogo nesta quinta”, disse.

Estiveram presentes os vereadores: Davi Esmael, André Brandino, Duda Brasil, Luiz Paulo Amorim, Leonardo Monjardim, Karla Coser e Vinicius Simões.

 

Confira a baixo o que foi apreciado:

1) Processo: 13679/2022 – Projeto de Decreto Legislativo: 12/2022

Autor: Armandinho Fontoura

Ementa: Cria a Medalha Edson Nery da Fonseca, e dá outras providências.

Relator: Vinícius Simões

Parecer: Pela Aprovação da Matéria.

APROVADO

2) Processo: 789/2023 - Projeto de Lei: 16/2023

Autor:Leonardo Monjardim

Ementa: Cria a Obrigação de Publicizar no Site Oficial da PMV as Auditorias de Controle Interno no TCES.

Relator: Anderson Goggi

Parecer: Pela Aprovação da Matéria.

APROVADO

3) Processo: 12784/2021- Projeto de Lei: 184/2021

Autor: Vereador Davi Esmael

Ementa: Dispõe sobre a proibição do uso de verba pública do

município de Vitória, em eventos e serviços que estimulem a sexualização de crianças e adolescentes e dá outras providências.

Relator: Luiz Paulo Amorim

Parecer: Pela rejeição da matéria.

PEDIDO DE VISTA

4) Processo: 1272/2023 – Projeto de Lei: 25/2023

Autor: Leonardo Monjardim

Ementa: Dispõe sobre a Instalação de Câmeras de Monitoramento de Segurança nas Creches e Escolas Públicas Municipais

Relator: Davi Esmael

Parecer: Pela aprovação da matéria.

APROVADO

PROJETOS DE RESOLUÇÃO

01) Processo: 2567/2023 – Projeto de Resolução: 02/2023

Autor: Delegado Piquet, Anderson Goggi e Maurício Leite

Ementa: Dispõe sobre a elaboração dos Estudos Técnicos Preliminares - ETP, para a aquisição de bens e a contratação de serviços e obras, no âmbito da Câmara Municipal de Vitória, nos termos da Lei Federal no 14.133, de 1o de abril de 2021.

Relator: Luiz Paulo Amorim

Parecer: Pela Aprovação da matéria.

APROVADO

Texto: Fátima Pittella

Foto: Vitor Junquilho

 

 

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