Quem enfrenta o trânsito diariamente para trabalhar, sabe bem como é a situação: ônibus lotados, motoristas que precisam também atuar como cobradores, abrigos com assentos insuficientes, pais sem espaço para carregarem os carrinhos de seus bebês. Para tornar o trânsito um pouco mais humanizado e eficiente, alguns projetos de lei tramitam pela Câmara Municipal de Vitória.

O vereador Wanderson Marinho (PSC), por exemplo, propôs o Projeto de Lei 323/2017 que proíbe o acúmulo das funções de motorista de ônibus e cobrador de tarifas, nas linhas de transporte coletivo municipal de Vitória. Se aprovado, as empresas de transporte que mantiverem trabalhadores com dupla função, não poderão participar de processo de concessão ou permissão de linhas de ônibus. “O objetivo é garantir a segurança aos motoristas e passageiros, pois o motorista pode se distrair enquanto entrega o dinheiro ou o recebe do passageiro”, justifica-se no Projeto.

Outra iniciativa que pode tornar o transporte para idosos e cadeirantes mais amigável é o Projeto de Lei 322/2017 de iniciativa do vereador Leonil (PPS). Ele propõe a destinação preferencial de todos os assentos dos abrigos de pontos de ônibus para idosos, gestantes, pessoas portadoras de deficiência e pessoas com crianças de colo. “Essa destinação se iguala à preferencialidade dada nos assentos de ônibus, já que o abrigo é uma extensão do transporte público coletivo”, explica-se.

E o que fazer quando os pais estão com um bebê no carrinho? Para essa situação, o ex-vereador Duda Brasil protocolou o Projeto de Lei 135/2017. O documento dispõe sobre o acesso de carrinhos de bebê no transporte público de Vitória. A proposta é que os carrinhos possam ficar na mesma área hoje destinada às pessoas com deficiência, caso não haja uma pessoa com deficiência ocupando o espaço.

Os vereadores também vão apreciar o Projeto de Lei 291/2017, do vereador Dalto Neves (PTB). Ele quer que crianças de 06 a 14 anos de idade tenham gratuidade (passe livre) nos transportes coletivos municipais. A ideia é ajudar os alunos a melhorarem seu desempenho escolar já que muitos deles não conseguem vagas em escolas próximas às suas residências e precisam caminhar longas distâncias.

Texto: Fátima Pittella

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