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130 anos de abolição da escravatura. Será que o povo negro tem o que comemorar? Com este questionamento o vereador Roberto Martins (PTB) e o diretor da ONG “Círculo Palmarino”, Lula Rocha, propuseram uma Audiência Pública para discutir os 130 anos do mito da Abolição da Escravatura.
Estiveram presentes representantes do Movimento Negro Capixaba que concordaram que não há o que comemorar mas reconheceram que é necessário mais união desta camada da população que foi largada a sua própria sorte a partir de 13 de maio de 1888.
“Não temos um representante negro na Assembleia Legislativa do ES”, destacou Rosemberg de Moraes, presidente do Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial.
“Ensinar história afro-brasileira é outro complicador porque a questão está fortemente atrelada à religião limitando-se apenas a ficar no papel. É preciso fiscalizar se as escolas estão inserindo no plano político-pedagógico o ensino afro-brasileiro. O senhor terá muitas surpresas ao ler determinados planos político-pedagógicos. Asseguro-lhe, no papel é lindo, na prática, é outra história”, protestou Gislaine Azevedo, professora de história e ativista do Movimento Negro Unificado.
A secretária municipal de Direitos Humanos de Vitória, Nara Borgo, colocou-se à disposição do movimento. Nara pontuou que nos últimos meses têm percebido o aumento de denúncias em relação ao Racismo. “É uma consciência que precisa ser a todo tempo estimulada”.
Roberto Martins, por sua vez, destacou que é preciso estarmos atentos para manobras que possam complicar a presença do povo afro-brasileiro nos locais de poder. O vereador inclusive votou a favor do Projeto de Lei 97/2017 que reserva 30% das vagas para indígenas e negros nos concursos públicos municipais. O PL ainda precisa da sanção do prefeito.
Participaram ainda da audiência a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) e o Núcleo Afro ODOMODÊ.
Todos os participantes citaram que, apesar da Lei da Abolição ter sido no dia 13 de maio de 1888, muitos movimentos em todo o Brasil já estavam fomentando ações afirmativas de libertação do povo negro da escravidão e que a lei só foi possível por ter sido um acordo entre a elite para que os privilégios continuassem mantidos.
Texto: Assessoria Parlamentar
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