Comissão de Meio Ambiente recebe ArcelorMittal para tratar da melhoria do ar - PREFEITURA MUNICIPAL DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

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Comissão de Meio Ambiente recebe ArcelorMittal para tratar da melhoria do ar
quarta-feira, 08 de agosto de 2018

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vitória, presidida pelo vereador Luiz Paulo Amorim (PV), recebeu, nesta quarta-feira (08/08), no Plenário Maria Ortiz, o gerente geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão, João Bosco Reis da Silva, e sua equipe, para uma apresentação dos planos de investimentos futuros para a melhoria da qualidade do ar e emissão gases e partículas na Capital.

João Bosco fez um relato das ações pactuadas e cumpridas com a CMV no período de 2015/2018, firmadas com o IEMA em um Termo de Compromisso Ambiental e também citou ações voluntárias da empresa para melhorar a qualidade do ar na região de Vitória. Conforme o previsto, a partir de 2015, a ArcelorMittal implantou novos equipamentos e executou a medição de testes e performances. "Infelizmente não existe no Espírito Santo uma legislação para determinar o grau de opacidade das emissões, mas contratamos uma empresa de tecnologia norte-americana acreditada pela Agência de Proteção Ambiental existente naquele país para nos auxiliar na medição dessa performance, atuando com todo rigor", afirmou.

João também ressaltou que os resultados do monitoramento contínuo da ArcerlorMittal são apresentados mensalmente ao IEMA e estão à disposição da população desde dezembro de 2017 no site da empresa.

O gerente explicou ainda que foram feitos testes com ventiladores supressores, conhecidos como canhões de névoa, que não atenderam aos objetivos esperados no pátio de beneficiamento de coprodutos.

A empresa também está trabalhando no enclausuramento de transporte de material, que trouxe melhores resultados. “Mas é importante deixar claro que esse processo sozinho não soluciona a emissão fugitiva. Tem que estudar caso a caso. Apenas o enclausuramento não garante selagem de 100%. Haverá ocasiões em que será necessário adicionar a instalação de um filtro de mangas, como fizemos em nossa Coqueria Heat Recovery, ou o uso de uma calha engenheirada. Isso acontece porque cada material demanda uma técnica diferenciada. O filtro de mangas é a melhor tecnologia disponível hoje no mercado”, explicou. "E a empresa investe num processo de melhoria contínua", garantiu.

Um novo plano de investimentos ambientais de R$ 574 milhões foi apresentado pela empresa e tem, entre seus projetos, a instalação de uma nova bateria de coque, que substituirá a primeira, não trazendo aumento de produção, mas sim de qualidade ambiental. A ArcelorMittal está investindo em uma quarta bateria, ao custo de R$ 523 milhões e prazo de instalação de 2018/2023, trabalhando com prazos conservadores, para atender ao processo de licenciamento ambiental que gira em torno de 18 meses. A empresa está otimista quanto ao novo equipamento por sua reconhecida melhoria ambiental e, caso a licença saia antes, permitirá um encurtamento do prazo de implantação, que gerará 700 empregos no pico da obra. "Estamos em contato com o SINE e, na medida do possível, vamos priorizar a contratação de mão de obra local", ressaltou João Bosco.

Outra melhoria prevista no novo plano é o Sistema Integrado de Despoeiramento do Pátio de Beneficiamento de Coprodutos, com investimento em 12 coifas. Tratam-se de equipamentos necessários para situações emergenciais. Destaca-se também o Filtro de Mangas, alinhado às demandas da sociedade para controle ambiental, que também demandará empresas e mão de obra preferencialmente local.

O gerente esclareceu dúvidas sobre o papel da ArcelorMittal na questão da emissão de gases de efeito estufa, explicando que já há iniciativas nesse sentido desde 2004, visando a recuperação de gases da aciaria, embora, com a tecnologia existente hoje no mercado, só seja possível recuperar cerca de 75%. A parcela não recuperada é queimada para evitar a emissão. Outro destaque da explanação foi o projeto, com acompanhamento do Incaper, do fortalecimento do Cinturão verde, com mais de 2,6 milhões de árvores plantadas, que contribuem para a melhoria de microclima e da fotossíntese. "Temos muito orgulho do nosso cinturão verde", acrescentou.

Após toda a explanação, o presidente da Comissão, Luiz Paulo Amorim agradeceu os esclarecimentos recebidos e ressaltou: "Precisamos de qualidade de vida e o meio ambiente é fundamental para isso", finalizou.

Além do presidente, estiveram presentes os vereadores Leonil (PPS), Sandro Parrini (PDT), Roberto Martins (PTB), Davi Esmael (PSB), Mazinho dos Anjos (PSD) e Denninho Silva (PPS).

Texto: Mágda Carvalho