Há dois anos o Centro de Valorização da Vida (CVV) vem realizando, no mesmo estilo do Outubro Rosa (contra o câncer de mama), o Setembro Amarelo, uma campanha de prevenção ao suicídio. Pelos números oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 32 brasileiros mortos por dia por suicídio, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer.
Este é um dos maiores problemas de saúde pública que o mundo vive atualmente. A OMS e o Ministério da Saúde estimam que ocorram, no Brasil, 12 mil suicídios por ano, sendo esta a quarta maior causa de morte entre brasileiros na faixa etária de 15 a 29 anos. No mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos. A esperança é o fato de que, segundo a OMS, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. Basta a pessoa buscar ajuda correta e receber atenção de quem está à sua volta.
O grande problema é que o suicídio, segundo o CVV, vem sendo tratado como um tabu, um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas e não podem ajudá-las. Mas, como buscar ajuda se a pessoa com pensamentos suicidas sequer sabe o que ela pode fazer? E nem que o que ela passa naquele momento é tratável e mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer aos demais ajudar a um amigo ou parente, se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?
O Setembro Amarelo é um movimento que foi criado pelo CVV com esse propósito. Ele visa divulgar a causa do combate ao suicídio intensamente durante o mês, tendo como parte fundamental a iluminação ou coloração de amarelo nos locais, construções ou monumentos das cidades, e também realizar eventos educativos para debater e romper com o tabu, salvando vidas.
Especialistas no tema destacam que esse tratamento tem como essência a redução de doenças psicossomáticas, tristeza e depressão. O trabalho em grupo acolhe e forma laços de amizade e tira as pessoas da solidão. Elas saem mais animadas e felizes, e isso gera uma harmonização e equilíbrio emocional. Em geral, a vontade de acabar com a própria vida é provocada pela falta absoluta de perspectiva e uma enorme sensação de desamparo e angústia. O que não se destaca é que, na maioria dos casos, o radical desejo suicida é gerado por um quadro de transtorno mental tratável, como depressão, transtorno bipolar afetivo, esquizofrenia, quadros psicóticos graves, transtornos de personalidade, como o borderline, ou problemas emocionais e financeiros.
O Centro de Valorização da Vida atende a todos: possíveis vítimas, familiares e amigos, com uma equipe preparada para prestar orientação e apoio emocional para a prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email e chat 24 horas todos os dias. Basta ligar para 188.
Texto: Mágda Carvalho
#paracegover
Departamento de Comunicação:
Diretora: Gabriela Souza
Jornalistas: Mágda Carvalho e Fátima Pittella
Estagiária: Nathália Karoline
(27) 3334-4650
www.facebook.com/camaradevitoria
Portal desenvolvido e mantido por Ágape