Na segunda reunião da Frente Parlamentar de Enfrentamento à Situação de Rua da Câmara de Vitória, nesta sexta-feira (28/09), a Secretária Municipal de Assistência Social, Iohana Kroehling, foi convidada para apresentar os dados da abordagem realizada pelo Serviço Especializado em Abordagem Social e a política de trabalho e renda destinada à população em situação de rua.
Participaram da reunião os vereadores Mazinho dos Anjos (PSD), presidente da Frente, Davi Esmael (PSB) e Cléber Felix (PROG).
A Secretária apresentou o perfil da população em situação de rua que passou pelos serviços de assistência social do município entre os meses de abril e maio. Dos 703 assistidos, 77% é homem, pardo ou negro (47%), tem entre 19 e 59 anos, está desempregado e é heterossexual (51%). Mais de 21% está nas ruas entre um e cinco anos, nasceu em Vitória (27%) e usa álcool e outras drogas. Os principais motivos que levam a pessoa à situação de rua é conflito, violência e abandono no lar e discriminação por orientação sexual.
Dentre os serviços oferecidos à população estão: hospedagem noturna, abrigo, centro popular e escola da Vida.
O vereador Davi pontuou que a população em situação de rua é crescente e visível. “A crise econômica e familiar levou muita gente para as ruas. O cuidado para com essas pessoas precisa ser intensificado”, afirmou.
O vereador Cléber concordou e citou alguns exemplos de trabalho social das igrejas para tentar diminuir a população em situação de rua e aliviar a precariedade que eles vivem.
Um dos serviços oferecidos pela Prefeitura é a Escola da Vida, que procura preparar as pessoas para voltarem ao mercado de trabalho. Recentemente, os vereadores entregaram o selo “Empresa Pop”, ao Grupo Star Vigilância por ter empregado o sr. Ricardo Pereira, que estava em situação de rua.
“Hoje temos mais de 50 pessoas trabalhadas na Escola da Vida que alcançaram superação e podem ser encaminhadas ao mercado de trabalho. Esperamos mobilizar a sociedade para fazer o melhor possível por eles”, conta a Secretária.
Para o vereador Mazinho, o número alto de mulheres e crianças nesta situação é preocupante. Ele citou também denúncias de criminosos que se aproveitam da presença das pessoas que estão em situação de rua para cometer crimes no local.
Iohanna garantiu que a Prefeitura está atenta à situação das crianças, que as conhece e que algumas estão ali com seus pais, em situação de mendicância. “Temos um olhar pautado nas violações. A maioria das crianças, a gente leva para as famílias e outras são encaminhados para o Conselho Tutelar”, afirma.
Ela sugeriu que se buscasse uma solução que envolvesse outros municípios e o Estado. “Precisamos caminhar de forma metropolitana. Temos que fortalecer os pólos e trabalhar, através do Estado, uma questão de regulação, para que os municípios possam dividir a situação das pessoas em rua entre seus parceiros”, disse.
Durante o evento foi distribuída uma cartilha com os contatos dos equipamentos públicos para acolhimento da população situação de rua. O presidente da Frente sugeriu uma visita a esses equipamentos e o estudo de algumas leis municipais que tratam do tema para que sejam analisadas e adaptadas, se necessário.
Diversas entidades foram convidadas a participar do debate, dentre elas: Semus, Semcid, Secretaria Municipal de Segurança Pública, de Assistência Social, Secretaria Estadual de Trabalho e Emprego, Sedu, Polícia Militar, Movimento Nacional de População de Rua, CPV, Defensoria Pública e instituições religiosas.
Texto: Fátima Pittella
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