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Comissão de Mobilidade debate projeto da Associação dos Moradores da Enseada do Suá (Amei-ES)
quinta-feira, 01 de novembro de 2018

 

A Comissão de Mobilidade Urbana da Câmara de Vitória, presidida pelo vereador Davi Esmael (PSB), recebeu, nesta quinta-feira (01/11), o presidente da Associação de Moradores, Empresários e Investidores da Enseada do Suá (Amei-ES), o engenheiro civil e mestre em urbanismo, Eduardo Schwartz Borges, que veio apresentar aos vereadores o Projeto de Mobilidade Urbana para a região e entorno.

 

"Nosso objetivo é apresentar soluções simples para novos acessos à Terceira Ponte que auxiliam no trânsito de veículos da cidade e proporcionam melhor qualidade de vida nos bairros da Enseada do Suá, Santa Helena e Praia do Suá", afirmou o presidente da Amei-ES. Eduardo Schwartz explicou que a Enseada do Suá é um dos bairros mais afetados por problemas de congestionamento em virtude do acesso à Terceira Ponte (Vila Velha), e que recebeu nos últimos dez anos uma grande chegada de repartições públicas e prédios comercias, o que naturalmente causa um maior número de fluxo de pessoas e veículos.

 

O Projeto, que já foi apresentado como processo na Setran e na Sedec em agosto, traz como maior intervenção a proposta de desvio do trânsito no Sul do bairro Enseada do Suá (região da Praça do Papa, Hortomercado, Palácio do Café e a antiga parte administrativa do Banco do Brasil). "Hoje temos uma concentração muito grande de veículos indo para Vila Velha pela Av. Nossa Senhora dos Navegantes, tanto para quem vem do Centro, como quem vem da Serra ou parte Norte de Vitória, convergindo no mesmo ponto, o que provoca um estrangulamento de veículos", explicou, com o uso de um mapa viário.

 

A proposta apresentada foi que, para quem vem do Centro de Vitória e vai para Vila Velha, em vez entrar pelo Palácio do Café, passe a fazer o retorno tanto pelo desvio frontal do Hortomercado, que já existe, quanto, nos horários de maior trânsito, fazer o contorno pelo entorno do Hortomercado, basicamente invertendo o sentido do fluxo, o que aumentaria o percurso sem acumular o trânsito na Nossa Senhora dos Navegantes. "Com isso, será liberado esse trecho da avenida", destacou.

 

"Para evitar um novo gargalo, será feito um estudo de simulação pela Setran e se for indicado que essa solução não eliminará as filas, será estudada outra solução utilizando a região de estacionamento da Praça do Papa. Mas a possibilidade de retenção, em relação ao que temos hoje, será menor. No caso dos motoristas que vêm da região Norte de Vitória ou da Serra, o novo ponto de convergência dos dois fluxos passa a ser na parte interna do bairro, e não mais na avenida", pontuou.

 

Segundo o engenheiro, atualmente, a Enseada do Suá é um bairro segmentado pelo trânsito pesado, e com essa modificação haverá uma maior capacidade de tráfego e qualidade urbanística e de vida no bairro. “Isso poderá ser feito com uma intervenção que não demanda grandes investimentos em obras, sendo que o fluxo de veículos na região cairá drasticamente", explicou. Outro aspecto abordado no projeto é em relação à Avenida Américo Buaiz.

 

"Próximo à Praça dos Desejos, há quatro baias de ônibus e nenhuma é afastada em relação a faixa de rolamento, o que pode ser feito. São obras simples, que melhorariam a fluidez de trânsito", disse o engenheiro, entre outras modificações que fazem parte do projeto, e que melhorarão a vida dos moradores do bairro. "Os vereadores irão receber o projeto detalhado desta breve exposição", acrescentou. 

 

Em Santa Helena, o projeto propõe uma passagem em linha reta no meio da Praça do Cauê, cujo entorno sofre com um trânsito pesado. "A previsão é importante até para uma eventual instalação de via expressa de tráfego de ônibus da Reta da Penha no sentido da ponte porque, de forma reta, passariam por ali até três faixas. Isso facilitaria o tráfego dos ônibus com via exclusiva". Outra demanda dos moradores do bairro é que o acesso à ponte não ocorra por dentro de Santa Helena, para que o tráfego interno seja eliminado, com a alternativa de desvio direto pela Avenida Desembargador Santos Neves, com entrada na Duque de Aguiar. "O trânsito interno desagrada muitos moradores", ressaltou.

 

O vereador Davi Esmael sugeriu que os estudos que viabilizam o projeto sejam agilizados pela Prefeitura, em virtude dos benefícios que o projeto trará para os moradores e para o tráfego da região. Em seguida o vereador Fabrício Gandini elogiou o projeto apresentado e considerou que, tecnicamente, todas as alterações são viáveis, e tranquilizou-se quando soube que a Associação dos Moradores da Praia do Suá também aprovou as modificações. "Se isso for pactuado, não vejo problemas", concordou Gandini.

 

O vereador Davi ponderou que a concordância das Associações de Moradores dos três bairros é algo que mitiga os problemas, embora não haja soluções milagrosas para todos eles. E aproveitou o gancho levantado pela observação do vereador Gandini para propor uma audiência no local, reunindo os moradores, para debater o projeto. "Mas seria importante que a Prefeitura pudesse mensurar um estudo de impacto para buscarmos a verba necessária. Essa se mostrou, na teoria, a melhor solução viária para evitar uma lentidão de tráfego que paralisa Vitória", opinou.

 

O presidente da Amei-ES acrescentou que seria importante também a criação de um Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, que seja tripartite, onde as pessoas possam participar, sob a liderança da Setran. Na sequência, o debate se estendeu para outros modais, como ciclovias, espaço para pedestres, calçadas cidadãs para os cadeirantes e arborização. "Temos que pensar a cidade pelo lado humano, e não só para quem usa o carro. E daqui a dez anos, a previsão é que a frota dobre", disse o funcionário público Célio da Penha, que trabalha na Receita Federal.

 

Eduardo Schwartz Borges agradeceu as observações e explicou que as preocupações foram contempladas no projeto e são objetivo da Amei-ES, e que também contempla ciclovias. Disse que as soluções encontradas foram as mais razoáveis possíveis e que as melhorias são alvo de uma demanda constante.

 

Encerrando o debate o vereador Gandini afirmou que, mais cedo ou mais tarde, será preciso enfrentar a realidade de que a saída para o trânsito é o transporte público. "Construir uma cidade para as pessoas é o nosso objetivo, e não para os veículos. A Capital possui 195 mil veículos, e não há como alargar vias para atender essa demanda crescente. A opção pelo transporte público vai ter que ser tomada. Na Europa, os espaços estão ocupados por ciclovias, praças, porque o uso do veículo se torna muito caro, não tem lugar para estacionar, etc. O que a gente quer é antecipar essa solução. Mas esse embate é importante porque ajuda a construir a consciência das pessoas", finalizou.

 

Estiveram presentes também os vereadores Cleber Felix (PROG), Leonil (PPS) e Sandro Parrini (PDT). A próxima reunião ordinária da Comissão de Mobilidade Urbana ocorrerá no dia 20/12, às 14 horas, no Plenário Maria Ortiz, e haverá uma extraordinária na segunda quinzena de novembro.

 

     Texto: Mágda Carvalho

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