A Internet está cada vez mais presente em nosso cotidiano. O Safer Internet Day (SID), ou o Dia da Internet Segura, é uma iniciativa internacional anual que tem o objetivo de envolver e unir diferentes atores públicos e privados na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) nas escolas, universidades, ONG's e na própria rede. Com esta motivação, o Dia da Internet Segura, criado pela Rede Insafe na Europa, reúne atualmente mais de 140 países e envolve seus indivíduos e organizações para ações de conscientização, orientação, autocuidado e promoção do uso seguro da Internet, além do exercício da cidadania online.

Cobertura Online – No Brasil, mais de 40 atividades já foram identificadas em diversas cidades. Um deles será promovido nesta terça-feira (05/02) em São Paulo, com cobertura online, e promovido pelo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), em conjunto com a SaferNet Brasil. Este ano, o tema global do Dia da Internet Segura é “Juntos por uma Internet mais Positiva”. O evento contará com representantes de empresas, da comunidade científica e tecnológica, do terceiro setor, do Governo e especialistas da área jurídica, que abordarão temas como: a desinformação, a alfabetização mediática, inteligência artificial, segurança digital e o futuro das políticas públicas de educação, bem-estar e engajamento cívico dos usuários, o bem-estar e saúde emocional em tempos de conexão constante, e as novas iniciativas do setor privado para a segurança digital. Os eventos acontecem das 9 às 17 horas. Para assistir ao vivo, e ficar por dentro de tudo, clique aqui .

Positividade contra ódio – O encontro também divulgará estatísticas sobre denúncias recebidas em 2018 pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, especialmente de casos relacionados à cyberbullying, sexting (vazamento de imagens íntimas, as populares nudes) e pornografia infantil. Também haverá o lançamento do livro “Instruções Para Um Futuro Imaterial”, de Stefano Quintarelli, traduzido para português pelos pesquisadores Ricardo Abramovay e Rafael Zanatta. Uma preocupação dos organizadores do evento é o crescente discurso de ódio na internet, principalmente nas redes sociais, onde muitos se valem de perfis fake, da distância e do anonimato para disseminar postagens desse tipo. “É fundamental debater estratégias que incentivem a produção de conteúdo positivo para ocupar o espaço do discurso de ódio, que tem sido persistente e causado danos”, ressalta Thiago Tavares, presidente da SaferNet e membro do CGI.br.

Navegação segura na CMV– Iniciativas como o Dia da Internet segura são vista com bons olhos pelo diretor do Departamento de Tecnologia e Informação (DTI) da Câmara de Vitória (CMV), Renato Zanoli Fanchiotti, que é favorável à iniciativa. "É válida, principalmente nos dias de hoje em que tudo é digital. Então, quanto maior é uso desses recursos, mais se torna necessário ter atenção, conscientização e buscar o máximo de informações possíveis". Sobre a segurança digital na CMV, ele informa que a Câmara segue a Instrução Normativa Sistema de Tecnologia da Informação n.º 1/2017, publicada no Portal da Controladoria do Site, que dispõe sobre orientações para a segurança física e lógica dos equipamentos, sistemas, dados e informações da CMV para os servidores do Legislativo Municipal. Entre elas, ele destaca que o acesso a sites ou serviços que representem risco aos dados ou a estrutura de informação da Administração são bloqueados. "Se houver necessidade de acesso a sites não autorizados, o usuário deverá solicitar ao DTI liberação do acesso via pedido de 'Solicitação de Acesso e ou Requisição a Serviços Específicos'.", ressalta.

Proteção na Internet - Esta é uma das prioridades dos internautas, uma vez que diversos riscos foram identificados. Fraudes, roubo, vazamento de dados e informações, ataques a perfis nas redes sociais e a disseminação de vírus são alguns dos problemas que afetam milhares de pessoas todos os dias, além das fake news. O diretor Renato Zanoli Fanchiotti acrescenta, como destaque positivo, a criação da Lei Geral de Proteção a Dados (GDPR), n.º 13.709/2018, que faz com que o uso de informações dos usuários por instituições que utilizem as mesmas seja regulado por mecanismos técnicos de segurança que garantam o cumprimento da lei. "O objetivo é assegurar, de fato, a proteção dos dados dos usuários", explicou Fanchiotti. Mesmo assim, infelizmente, todos ainda estão sujeitos a diversos tipos de ameaças digitais. Os truques são os mais variados, assim como as suas finalidades, que vão de furto de dados bancários para compras, contaminação do computador para derrubar um site ou serviço ou a disseminação de notícias falsas. Portanto, é fundamental o internauta ficar atento a essas armadilhas para que consiga navegar com segurança na internet. Previna-se!

DICAS INFALÍVEIS PARA SE MANTER SEGURO NO MUNDO DIGITAL:

1- Evite divulgar informações pessoais.

Evite cadastrar dados como endereço, telefone e número de documentos nas redes sociais ou em qualquer serviço em que um desconhecido pode acessar suas informações. Dessa forma, você se previne contra o roubo de informações e dados pessoais.

2 - O mais importante: cuidado ao acessar a sua conta bancária pela internet.

Hoje em dia, os criminosos cibernéticos não dependem apenas de um simples vírus para invadir seu computador e roubar seus dados pessoais – eles precisam do seu consentimento para agir. E como eles conseguem convencer um usuário a “convidá-los” para dentro de sua máquina? Usando uma técnica chamada engenharia social, que nada mais é do que manipular um indivíduo se aproveitando de sua ingenuidade. E é o método mais usado por hackers para roubar dados sigilosos. Pense duas vezes antes de abrir um link e três vezes antes de digitar uma informação sensível em um formulário online. O mais famoso ataque de engenharia social é o phishing, no qual a vítima recebe um e-mail falso de seu banco (ou outros) e é persuadida a informar a senha do seu cartão para evitar um suposto bloqueio de sua conta, por exemplo. Por mais que aquela página realmente se pareça com a original da instituição financeira, trata-se de um site feito por um meliante digital com o intuito de roubar senhas. A dica é: desconfie de tudo que você receber em seu email, WhatsApp, Facebook e quaisquer outras plataformas de comunicação. Quando o assunto é engenharia social, é importante se lembrar de um velho ditado: a curiosidade matou o gato. Afinal, se você não é correntista do Banco xyz, por que ele entraria em contato pedindo dados seus? Siga as orientações de segurança do seu banco. Ah, outra dica: evite acessar seu banco em computadores públicos ou redes de wi-fi públicas. Isso vale também para operadoras de telefonia, internet e TV à cabo ou satélite.

3 - Não instale programas piratas em seu computador.

Esse tipo de produto oferece diversos riscos para uma navegação segura na internet, uma vez que, junto ao programa, você pode ganhar de brinde os tão temidos vírus. Como assim? Quando um determinado aplicativo é alterado para a distribuição ilegal, pode ser modificado para incluir um vírus junto a instalação.

4 - Atenção ao uso do cartão de crédito na Internet.

Faça compras online em sites de confiança, assim os riscos de algo dar errado são menores. Caso esteja interessado em um produto vendido em um site desconhecido, faça uma pesquisa para descobrir qual o feedback (retorno) que outros clientes deram sobre o serviço — além das algumas medidas de segurança, como o certificado de privacidade de dados, aquele ícone do cadeado, sabe? É importante conferir.

5 - Tome cuidado com o armazenamento de arquivos.

O armazenamento de arquivos online é uma das formas mais comuns de se obter vírus ou arquivos nocivos em sua conexão. Com isso, os riscos de se navegar com segurança na internet fica muito prejudicado. Para evitar problemas, faça apenas o download de arquivos em sites confiáveis, com remetentes conhecidos ou plataformas seguras.

6 - Evite anúncios duvidosos.

Estes são os grandes responsáveis por diversos problemas com vírus e perda de segurança na Internet, podendo envolver a invasão de dados e a contaminação de arquivos. Sabe aqueles pop-ups ou banners que aparecem pulando em sua tela, tanto no computador quanto no celular, durante uma navegação por um site ou aplicativo? Ignore-os. Cuidado principalmente quando você vê um anúncio de produto muito barato. Desconfie!!!

7- Atenção com os e-mails falsos.

À primeira vista, os correios eletrônicos falsos passam a impressão de serem reais, às vezes apresentando comunicados a respeito de um determinado serviço, mensagens oferecendo prêmios, ou simplesmente contendo um link que, além de ter uma grande possibilidade de reter vírus, também pode levar o usuário a uma página falsa, onde será solicitado senhas ou dados de pagamento. Com isso, os hackers têm acesso ilimitado às informações pessoais do internauta.

8) Tranque seu celular (do jeito certo).

Muitos cidadãos não protegem seu celular. Antes de tudo, vale a pena alertar que o desbloqueio por gestos (aquele em que você precisa desenhar um padrão de linhas na tela) não é seguro, pois ele deixa marcas no display do aparelho que podem ser usadas pelo ladrão para “adivinhar” o movimento que deve ser feito para destrancá-lo. O bloqueio por identificação facial também não é recomendado, já que esta tecnologia é pouco precisa. O mais recomendado é usar uma senha alfanumérica, ou seja, que combine números e letras. Caso você seja dono de um smartphone equipado com um leitor de impressões digitais, ative-o e faça login por biometria – este é, até o momento, um dos métodos mais confiáveis para proteger seu dispositivo móvel contra o acesso de terceiros.

9) Configure backups e guarde tudo na nuvem.

É melhor prevenir do que remediar. Se você não faz backups de seus arquivos com regularidade, eles serão perdidos para sempre caso seu notebook seja furtado ou seu desktop acabe quebrando. Se você preza pela segurança das suas fotos, por exemplo, recomendamos que utilize o Google Photos em todos os seus computadores e dispositivos móveis. Ele automaticamente envia para a nuvem toda e qualquer imagem que for encontrada nos diretórios previamente informados, sem a interferência do usuário. É só instalar, configurar e esquecer por lá. Vale a pena conhecer também serviços de cloud storage gerais como Google Drive, Dropbox, OneDrive e assim por diante. Também existem programas de Windows específicos para backups automáticos, como o CrashPlan (que é gratuito). É importante ter cópias de segurança de seus arquivos mais relevantes.

10) Tenha uma solução de segurança no PC e no celular.

Um antivírus sozinho já não é mais o suficiente. Toda empresa de segurança que se preze já oferece ao usuário final uma suíte completa e um multidispositivo que engloba não apenas proteção contra malwares, mas também soluções que barram ataques phishing, adicionam um firewall, oferecem um sandbox (espécie de máquina virtual ultrassegura para você realizar operações críticas, como transferências bancárias), blindam seu roteador e muito mais. 

11) Proteja seu roteador.

Com a popularização do conceito de "Internet das Coisas", estamos cada vez mais rodeados de pequenos objetos capazes de se conectar com a internet: lâmpadas, alarmes, fechaduras inteligentes e até mesmo eletrônicos. O responsável por alimentar tudo isso é aquela caixinha que fica abandonada num canto da sua casa: o roteador. O hacker que o controlar terá acesso a todos os produtos conectados através dele. Sendo assim, reveja as configurações desse dispositivo tão importante antes que você se arrependa. Coloque uma senha forte de administrador (a maioria das pessoas não troca a senha-padrão). Roteadores estão se tornando alvos de ataques cibernéticos. A melhor senha é aquela que você não consegue memorizar. Sendo assim, se você estiver fazendo a coisa toda do modo certo, a sua senha para entrar em qualquer site importante deve ser algo parecido com hJV1Lqv^7kTt%PX9x.

12) Revise permissões e configurações de segurança no Facebook.

Se você usa o Facebook, é bem provável que tenha conectado uma série de aplicativos e joguinhos ao seu perfil ao longo dos últimos anos. Essa prática é perigosa, já que o desenvolvedor por trás daquele software tem acesso aprofundado à sua conta. Sendo assim, se acostume a rever as permissões de apps em redes sociais, revogando a autorização de programas suspeitos e que você não utiliza mais. Além disso, vale a pena sempre dar uma conferida também nas configurações de segurança e privacidade de todo e qualquer serviço online que você utiliza. A Google, por exemplo, oferece uma ferramenta específica para você fazer um checkup completo e encontrar eventuais brechas.

13) Considere substituir o WhatsApp pelo Telegram.

Os dois apps servem para a mesma coisa, mas o Telegram, que já conta com mais de 200 milhões de usuários ativos mensalmente, está presente em mais de 200 países e é bem mais moderno – principalmente para quem procura conversar com amigos e familiares de forma segura, prática e possui uma forte posição quanto à privacidade e segurança de seus aplicativos. Ao contrário do WhatsApp, que é uma franquia do Facebook, o mensageiro russo nunca aceitou pedidos governamentais para liberar o acesso aos dados dos usuários, o que o levou a receber uma leva robusta de novos internautas, além do recurso de encriptação de mensagens e as dezenas de ferramentas que são incorporadas periodicamente.

Com todas essas dicas, você vai conseguir navegar com mais segurança na internet! 

Texto: Mágda Carvalho

Fontes: TecMundo, SaferNet, Internet Segura, Brasil País Digital

Imagens: Google

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