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Audiência pública debate segurança nas escolas
sexta-feira, 22 de março de 2019

A Câmara Municipal de Vitória (CMV) recebeu nesta sexta-feira (22/03), representantes da Segurança e da Educação do município e do Estado para debater a segurança nas escolas e propor iniciativas que evitem tragédias como a ocorrida recentemente em Suzano, São Paulo, no último dia 13 de março. O proponente da Audiência Pública foi o presidente da Câmara de Vitória, Cleber Felix (PROG).
 

Participaram do debate os vereadores: Cleber Felix (PROG), Sandro Parrini (PDT), Davi Esmael (PSB) e os convidados: Henrique Herkenhoff, professor de Segurança Pública da UVV, Tenente Coronel Paiva, do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, Darly Tonini Júnior, da Secretaria de Educação do Estado e Éverton Vettorazzi, representante da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
 

O presidente proponente, Cleber Felix, rememorou o evento em Suzano e afirmou a necessidade de se trazer soluções para a segurança na escola. “Vamos somar forças com o Estado para proteger nossas crianças”, disse.

 

O vereador Sandro Parrini (PDT) lembrou de um projeto da autoria dele sobre abandono de áreas nas escolas públicas. “Já víamos que poderia acontecer alguma tragédia com nossas crianças”, disse se referindo ao incêndio na sede do Flamengo, no Rio de Janeiro, “e agora, com o projeto aprovado, a Prefeitura já está fazendo ações nesse sentido. Temos que tratar a situação de forma preventiva”, falou.

 

O vereador Davi Esmael (PSB) trouxe outro viés ao debate e pontuou a necessidade de se falar sobre a saúde mental nas escolas. “Quando acontece uma tragédia como a de Suzano a gente se questiona o que deu errado. O principal problema é a base. Aquilo é o reflexo de todo erro da sociedade. Então cuidar da saúde mental de nossas crianças é parte da solução da insegurança em nossas escolas. Professores têm sido confrontados todos os dias por alunos que confundem liberdade com libertinagem. Precisamos reconhecer que temos que fazer mais por nossas crianças e de forma preventiva, cuidar da saúde mental”.

 

Coronel Paiva concorda que é preciso um envolvimento de todos na busca da solução. “A responsabilidade deve ser compartilhada sempre. Meu papel é incentivar todos que conheçam mais sobre segurança. Não adianta só botar a culpa em A ou B, nós somos o Estado, o município. A responsabilidade é de todos”.
 

Vettorazzi, lembrou que por conta da aquisição de novas viaturas foi possível aumentar as ações preventivas nas escolas. Ele apresentou um balanço de 2018 quando foram realizadas 1.965 atendimentos nas escolas, dentre eles, ocorrências de arma branca, visitas tranquilizadoras e ações preventivas nas escolas. “Nossas ações são voltadas para a prevenção”, afirmou. “Se constatarmos que existe deficiência na segurança da escola, fazemos um diagnóstico e apresentamos para o administrador da escola e para a Secretaria de Educação”.
 

Marcos Delmaestro, representante da Casa Civil do Governo do Estado, sugeriu que se fomentasse um trabalho junto com o Coronel para ampliar iniciativas como os bombeiros mirim e o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) nas escolas. “Temos que levar o olhar de inclusão, e ocupar os espaços”, destacou.
 

Henrique Herkenhoff, professor de Segurança Pública da Universidade de Vila Velha (UVV), que já foi Secretário Estadual de Segurança Pública, elogiou o trabalho preventivo das patrulhas escolares.
 

“Há algum tempo que estudamos as violências escolares. Dentre das violências cotidianas, surgem casos que traumatizam a população, mas que são só a ponta de um iceberg. Nessa direção dizer que o programa da patrulha escolar é um sucesso. O policial passa a conhecer cada aluno e adota um procedimento previamente construído em conjunto que faz com que o aluno olhe o policial como um amigo”.
 

O professor revelou que o envolvimento com o tráfico e a violência vem junto com a evasão escolar. “Esse envolvimento está acontecendo no fundamental 2 (antiga quinta série). Precisaremos tomar conta desse momento em que as crianças estão sendo perdidas para o tráfico”. Herkenhoff ressaltou que a guarda municipal não está trabalhando só quando prende, mas também quando evita prender.

Outro assunto enfocado pelo professor foi o bullying. Segundo ele, o problema não está mais como antigamente. “Todo mundo que sofre bullying sai com alguma sequela e a gente não perde nada por prevenir isso. Tem um grupo grande de pessoas saindo das escolas com problemas afetivos mais ou menos graves por conta desse bullying e agora, também do cyberbullying. Isso precisa ser enfrentado”, enfatizou.

 

O presidente abriu para sugestões da audiência e a diretora da escola Izaura Marques, Marlene Buzato, enfatizou a importância de iniciativas como o teatro e os bombeiros-mirins. “O povo da escola é um povo de paz, mas aquela é uma região perigosa. Nossa farda é o livro, a caneta e o caderno. Agradeço a cada instituição que promoveu ações educativas nas escolas. Não podemos lidar com o bullying usando o ódio”, disse.
 

Falando sobre o tema, Cláudia Almeida, da Comissão de Pais da Escola Muncipal Ensino Fundamental São Vicente de Paula solicitou que a Lei do Bullying fosse posta em prática e que se faça um treinamento para lidar com isso.
 

Weverton Pais sugeriu que a patrulha fosse com mais frequência às escolas e lembrou que muitas escolas estão sem estrutura.
 

Em relação à proteção para incêndio, o Coronel Paiva falou que todas as escolas públicas foram vistoriadas e foi emitido um laudo com os problemas, e assim que eles são sanados, a corporação emite um alvará. Ele lembrou que é necessário também d que se faça treinamentos e simulados para proteção em situações de emergência. O Coronel se colocou à disposição para participar desse processo de capacitação.

 

Texto: Fátima Pittella
Fotos: Rhuan Alvarenga 

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