O presidente das Comissões de Segurança e de Obras e Serviços, Mazinho dos Anjos (PSD), enfocou, nesta quinta-feira (02/05), em sua terceira reunião ordinária, dois potos de pauta: uma prestação de contas das visitas do Programa Vitória na ponta do Lápis, e uma apresentação da arquiteta urbanista Erica Modenese Rezende, que apresentou o projeto de estudo preliminar do “Parque Esperança – Parque Urbano em Santa Lúcia”, destinado para o local do antigo campo do Santa Cruz, uma área tomada pela União.
Inicialmente, o vereador Mazinho apresentou com fotos e relatórios, os dados coletados em visitas a quatro equipamentos de Vitória: a Unidade de Saúde de Andorinhas, e a Emef Izaura Marques, no mesmo Bairro. Em seguida, tratou do Cmei Zenaide Genova M. Cavalcante e da Emef Álvaro de Castro Matos, ambos em Jardim da Penha. Após o relato dos aspectos positivos e negativos dos quatro equipamentos visitados pela Comissão, o vereador Mazinho dos Anjos propôs a realização de uma indicação coletiva dos parlamentares para ser encaminhada à Prefeitura Municipal de Vitória (PMV) com as soluções necessárias para os problemas levantados e que, muitos deles, são de fácil solução.
Na sequência, a arquiteta urbanista Erica Modenese Rezende, que apresentou o projeto de estudo preliminar denominado “Parque Esperança – Parque Urbano em Santa Lúcia”, que foi o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no qual ela propõem uma destinação social para o local do antigo campo do Santa Cruz, uma área tomada pela União em função de dívidas, e que afeta a vida de moradores das regiões de Santa Lúcia, Jaburu, São Benedito, Bairro da Penha, Itararé e Floresta, no entorno. O espaço foi tomado pela União em 2004, e desde então não tem uso social. Anteriormente era usado pelo campo do Santa Cruz, que realizava atividades esportivas (futebol) no local, envolvendo várias comunidades e uma escolinha para as crianças (algumas delas conseguiram destaque no esporte profissional estadual e nacional). A apresentação, conforme explicou o vereador Mazinho dos Anjos, era uma forma de convidar a sociedade e os interessados a iniciar um debate sobre a utilização do referido espaço.
A arquiteta Érica deixou bem claro que o seu projeto tinha finalidades acadêmicas, tratando-se na verdade de um estudo preliminar ao qual faltam muitos elementos para se constituir num projeto finalizado, inclusive o impacto social nas comunidades envolvidas, que deveriam ser ouvidas, e foi feito com o objetivo de atender expectativas modernas de ocupação de vazios urbanos, como tornou-se o Campo do Santa Cruz, com cerca de 6 mil m². “Meu objetivo foi ocupar o espaço dando cumprimento a uma função social necessária à cidade como acontece em várias partes do mundo e à ausência de um parque urbano em Santa Lúcia e adjacências”, ressaltou.
Ao longo de sua explanação, com a ajuda de fotos, mapas, ilustrações e um vídeo final, a arquiteta explicou como foi desenvolvendo seu projeto e alguns percalços enfrentados, como a transformação do local numa Zona de Proteção Ambiental (ZPA), destinado à proteção da Mata Atlântica. “Conversando com meus professores e consultando o PDU, vimos que havia como transformar o local num parque destinado á lazer, cultura e esporte sem infringir a lei”, explicou. Em seu projeto, o espaço utilizado foi reduzido para cerca de 4 mil m², propondo uma readequação viária, calçada cidadã, espaço para academia ao ar livre para idosos e outro para crianças, ambos equipados com equipamentos acessíveis (para deficientes), e também um parquinho para cachorros, que vem sendo um grande atrativo para reunir as pessoas.
O local seria bastante arborizado, como um minibosque, com horta comunitária, que dá às pessoas uma sensação de maior pertencimento ao local, onde poderiam ser plantadas ervas e hortaliças, e todo o espaço contaria com muitos bancos sombreados por grandes e pequebas árvores para descanso e recreação. Haveria também uma edificação administrativa onde se localizaria um espaço para eventos culturais, feiras, food-trucks, atividades físicas. “Espaços como esses são muito importantes hoje, com bastante sombra, verde, e que promovam o fortalecimento do vínculo da comunidade com a cidade, e desta com o meio ambiente”, detalhou Érica. “O Parque seria um espaço de convívio social, valorização local e, é claro, pode sofrer ajustes conforme as necessidades das comunidades”, encerrou a arquiteta.
Após um debate onde a inclusão de um espaço destinado ao esporte foi o centro das intervenções da comunidade presente e dos parlamentares, além dos elogios ao trabalho da arquiteta, o vereador Mazinho sugeriu uma reunião que inclua a Prefeitura e a Secretaria de Patrimônio da União para que se consiga um acordo que permita dar um destino social ao espaço em questão, e obteve a concordância de todos. “Esse é o primeiro ponto a ser solucionado. Os demais serão consequência, mas o debate de hoje foi importante para começarmos a buscar uma solução para esse problema”, finalizou.
Estiveram presentes o gerente geral de obras da Ceturb, Marcio Passos, que se colocou à disposição para contribuir, e também os vereadores Cleber Felix (PROG), Davi Esmael (PSB), Neuzinha de Oliveira (PSDB) e Luiz Paulo Amorim (PV).
Texto: Mágda Carvalho
Fotos: Rhuan Alvarenga
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