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Audiência pública debate coleta seletiva em Vitória
terça-feira, 02 de julho de 2019

A separação e a coleta seletiva de resíduos em Vitória foi tema de debate na audiência pública promovida pelo vereador Vinicius Simões (PPS) nesta terça-feira (02/07), no Plenário Maria Ortiz. O objetivo foi envolver a sociedade num debate que propusesse soluções para a implantação da coleta seletiva na Capital.

Participaram do evento Associações de catadores, de Moradores, de Condomínios, alunos Faculdade Faesa e do Ensino Médio da Escola Maria Ortiz, dentre outros cidadãos. Os vereadores Denninho Silva (PPS) e Davi Esmael (PSB) também estiveram presentes.

A mesa de debates foi composta pelo vereador proponente e por: Renata Freire, da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid), Eduardo Suelo, sub-secretário da Central de Serviços, Graciete de Souza, representante do Conselho Popular de Vitória (CPV), Cyro Bah, do Sindicato Patronal dos Condomínios e Lúcio Heleno, presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Ilha de Vitória (AMARIV).

 

“O principal desafio de nosso país é gerar emprego, para resolver diversos problemas na nossa vida como a fome e a violência”, declarou Vinicius Simões abrindo o evento. “O lixo é uma grande oportunidade para gerar emprego, desmatar menos e nós temos essa riqueza em nossas mãos”, disse.

O vereador mostrou uma relação entre o consumo de água necessário para se produzir folhas de papel novo em comparação com o necessário para a produção de papel reciclado e demonstrou a economia de recursos naturais. “Para produzirmos papel reciclado, precisamos separar o papel do lixo que não é papel. Isso poupa árvores, beneficia a natureza e gera empregos”, afirmou.

Graciete de Souza, representante do Conselho Popular de Vitória (CPV) parabenizou a iniciativa e a presença dos alunos que representam o futuro. “Se cada um assumir a responsabilidade que tem com o lixo que produziu, vamos ter menos problemas na natureza e ficará mais fácil até para os catadores”. Ela sugeriu que fosse feita uma audiência também no horário noturno.

Vinicius disse que há um projeto de lei da autoria dele que fala da obrigatoriedade do cidadão separar seu lixo. “O projeto está tramitando na Casa e está aberto a qualquer sugestão se ele deve seguir adiante e se deve ter alguma alteração”, afirmou.

Cyro Bah, do Sindicato Patronal dos Condomínios, apoia a separação de resíduos. “Essa questão de separação de lixo consegue gerar recursos financeiros para os condomínios, mantém a cidade mais limpa e educa. A destinação é fundamental porque gera recursos para o catador, gera uma cidade mais harmônica, mais limpa e não aumenta os aterros sanitários”, admitiu. Ele defendeu o recolhimento organizado nos condomínios. “É uma colaboração à cidade como um todo”.

Renata Freire, da Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho (Semcid) reforça que é importante unir esforços. Ela apresentou o Projeto “Catadores são educadores”, que a Secretaria tem feito junto com os catadores, que são considerados agentes ambientais. “Estamos tendo bons resultados porque estamos discutindo com a comunidade o consumo consciente, aumentando a renda para os catadores que aumentaram sua coleta, estimulando a mão de obra e potencializando a educação ambiental”, conta. O projeto começou a ser executado esse ano.

O presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis da Ilha de Vitória (Amariv), Lúcio Heleno, trouxe sua experiência e confirmou que gera empregos e trabalha no modelo de economia solidária, que “rompe a estrutura de patrão-empregado. Nas dez associações que representamos, 70% delas são presididas por mulheres, o que é muito bom porque não são só postos de trabalho, mas também oportunidades”, acredita Lúcio.

A redução de resíduos é uma das metas do Executivo, como aponta Eduardo Suelo, sub-secretário da Central de Serviços. Atualmente Vitória gera 8 a 10 mil toneladas de resíduos domiciliares e 250 toneladas de lixo seco. “A coleta seletiva tem três pontos: educação ambiental, social e sustentável. Temos que fazer um trabalho de base, incluindo os alunos,para atingir essa meta de redução de resíduos”, enfatiza.

Truman, gerente de Formação da Secretaria de Educação, que trabalha também com educação ambiental, lembra que é preciso orientar o morador. “Temos educar a população porque mesmo tendo a coleta diária, vemos pontos com descartes irregulares na cidade. Precisamos pensar em estratégias para mudar comportamentos”. Ele citou cartilhas criadas na Secretaria e afirmou que elas têm que chegar até a população.

Hugo Tofoli, diretor técnico da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), concorda que primeiro deve-se tirar a palavra “lixo” da cabeça e pensar em “resíduo”, que podem ser reutilizados. Segundo ele calculou, em torno de 10 mil toneladas por mês destinadas ao aterro custam mais de R$ 500 mil, sem considerar frete. “Esses valores a sociedade tem que ter na cabeça na hora de pensar no seu resíduo. Esse valor poderia estar indo para a educação, por exemplo”, conta.

A professora Clara Novaes sugeriu que fosse feito um trabalho na escola, implantando coletores, envolvendo os alunos para que eles façam a separação no dia a dia. “Em termos de cidade, creio que poderia se ter um coletor separado para recolher vidros, fazer parcerias com estabelecimentos que poderiam dar algum incentivo como desconto aos clientes que trouxerem seus recipientes”, falou Clara.

O cidadão Mário Barnabé sugeriu que se atentasse à coleta de resíduos do entorno da Ilha também porque a sujeira até atrapalha Vitória como destino turístico, segundo ele. Sobre isso, Eduardo Suelo destacou que essa situação passa pela educação do povo porque muitas vezes o próprio cidadão destrói os equipamentos de reciclagem. “Se a população não se envolver, a prefeitura não dá conta”.

Dentre as colocações dos presentes está a solicitação de mais agilidade no recolhimento de resíduos e também que os postos de saúde sejam agentes na educação dos cidadãos com as escolas.

Texto: Fátima Pittella

Fotos: Rhuan Alvarenga

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