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Comissão de Educação debate o Ideb de Vitória
quinta-feira, 26 de setembro de 2019

O professor e pesquisador Daniel Barboza Nascimento foi recebido nesta quinta-feira (26/09) pelo presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Vitória (CMV), Roberto Martins (PTB) para falar sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das escolas de Vitória.

O pesquisador analisou os dados produzidos entre os anos 2005 e 2017 que apontam para a discrepância de resultados entre as escolas localizadas no continente que com frequência atingem as metas, e as da periferia, que não as atingem.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o índice funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da Educação. O Ideb é calculado a partir da taxa de aprovação e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep.

Para conversar sobre o tema foram chamados o professor Daniel Barboza Nascimento e o professor João Porto, representante o Conselho Municipal de Educação de Vitória (COMEV).

Daniel Nascimento descreveu sua pesquisa e afirmou que as repostas encontradas apontam na direção de existir duas realidades dentre as escolas municipais de Fundamental 1 (1º ao 5º ano) e Fundamental 2 (6º ao 9º ano).

“O índice classifica as escolas entre os melhores e os piores resultados. Nossa suspeita é que o local onde a escola se encontra, exerce influência sobre esse resultado. Se isso realmente ocorre, perguntaremos sobre as políticas públicas da região e suas limitações e possibilidades”, disse o pesquisador.

Estamos observando que a menor nota se aproxima da meta municipal, mas a maior nota se descola muito da menor, ou seja, há uma discrepância.

Em sua pesquisa, Daniel Nascimento organizou as escolas por região; São Pedro, Maruípe I e II, Santo Antônio, Centro, Avenida Vitória, Jardim da Penha e Jardim Camburi, Andorinhas etc. Depois, ele as classificou pelo Ideb observado e as metas projetadas.

“Com essa tabela separada por regiões, consigo ver escolas que nunca atingiram a meta municipal e nem a própria meta e tenho uma distribuição com dez escolas que em todas as edições atingem as duas metas. E há escolas que mesclam; sendo melhores numa meta (municipal ou própria) e não na outra”, descreveu.

Ele destacou que ao localizar as escolas por região, chegou à constatação, que de acordo com o Ideb, os melhores resultados estão em um lugar da cidade (Jardim da Penha, Jardim Camburi e Goiabeiras). E, por outro lado, os piores resultados estão em São Pedro, e nas escolas que estão nos morros. “O que estamos chamando atenção não é para a geografia, é para a diferença social, cultural e econômica”, ressaltou Daniel.

O pesquisador questionou os resultados do Ideb de 2017, em que, das 40 escolas municipais, 23 se abstiveram de participar da medição. “Sabendo dessa dualidade é suspeito que apenas uma dessas escolas que não participaram do Ideb esteja na região continental e as outras estão na periferia e no morro. As que não participaram são justamente as com piores resultado. Isso é complicado…”

Ao cruzar os dados com o índice socioeconômico, o professor demonstra que as escolas da região continental de Vitória apresentam um alto índice socioeconômico da família dos estudantes e são as que obtém resultados superiores nas avaliações do Ideb. “O resultado do Ideb mostra uma cidade-ilha com os piores resultados e uma cidade-continental com os melhores resultados”.

O presidente da comissão, vereador Roberto Martins elogiou a apresentação. “Sua pesquisa mostra que a condição social e econômica tem determinado o desempenho das nossas escolas. Uma questão que me chamou a atenção foi que talvez esses dados do Ideb estejam sendo falsificados com a retirada de escolas que alterariam o resultado. A suspeita que fica é que se todas tivessem participado, o resultado teria sido pior”, disse.

Roberto continuou: “observamos também que há uma mudança constante de professores, especialmente nas escolas da cidade-ilha. Isso pode ser um dado determinante para o desempenho da escola, pois não há continuidade no processo pedagógico. Talvez a Prefeitura pudesse pensar em forma de fidelizar mais os professores naquela região e fazer concursos para cargos efetivos”.

João Porto, representante o Conselho Municipal de Educação de Vitória (COMEV) também parabenizou o professor pela pesquisa. “Esse trabalho vai trazer muitas opções de transformações em currículos, em política da educação e vai envolver muitas pessoas nessa discussão”.

O presidente da comissão, vereador Roberto resumiu: “esse seu trabalho é um instrumento para refletirmos e encontrarmos norte para nossas políticas públicas”.

Texto: Fátima Pittella

Fotos: Jordan Andrade

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