A Comissão de Ciência e Tecnologia, da Câmara Municipal de Vitória (CMV), desta quinta-feira (17/10), contou com a presença do diretor, CEO e curador de conteúdo da Wis Educação, Leonardo Carraretto, para dialogar sobre o futuro da tecnologia e a força da inovação. A convite do presidente da Comissão, o vereador Vinicius Simões (PPS), que destacou também que o objetivo da Comissão é divulgar as transformações tecnológicas que Vitória tem passado.

Leonardo iniciou sua falando da transformação que a sociedade está vivendo, o que ele chama de Era da Informação e do Conhecimento, ou seja, atualidade está imersa em grandes conteúdos de informação a todo momento. “Antes a nossa formação tinha a validade de 30 anos ou mais, atualmente a nossa formação precisa ser reciclada a cada cinco anos”, pontuou o empreendedor.

Outro conceito defendido por Leonardo é que a sociedade precisa ter a habilidade de aprender, desaprender e reaprender. “Não somos ensinados a desaprender. Com a quantidade de coisas que chegam para gente, é preciso desenvolver essa habilidade, afinal, todos os dias surgem novas ideias, e talvez aquilo que aprendemos não faz mais tanto sentido”, reforçou.

De acordo ainda com ele, 65% das profissões do futuro não foram criadas ainda. “Teremos no futuro várias oportunidades para gerar emprego e renda. É preciso reinventar a forma de educação, mas não só ela mas também a forma de emprego. Uma das evidências é que o trabalho será medido não por horas, mas por rendimento”, disse. 

Ele explicou ainda que a Wis nasceu com a vontade de proporcionar para as pessoas a capacidade de aprender ao longo da vida. “O ensino industrial era baseado em ter: ‘ter um diploma, um papel que diga o que você sabe’, já o futuro vai ser baseado no ser, ‘no que você sabe e no que você é’”, concluiu.

Leonardo chamou a atenção sobre a importância de debater a inovação e parabenizou a iniciativa de discutir. “É um momento que precisamos reinventar o Espírito Santo. Mas, infelizmente a formação de um profissional em tecnologia no país é deficitária. A formação de um profissional de inteligente leva em média 10 anos, e em um horizonte de 10 anos, todas as empresas terão um profissional em inteligência artificial. Minha pergunta é: Onde estão esses profissionais? Onde eles estão debatendo? Sem mão de obra, vamos continuar no mesmo problema, de depender de formas antigas, que foram boas, mas que agora não contribuem tanto”, questionou.

O vereador Vinicius Simões deu início as ponderações frisando a necessidade de abrir espaço em Vitória para pensar a urgência dessa capacitação. “A gente precisa mudar essa forma, no Brasil por exemplo, temos a mania de exportar mão de obra, mas porque não capacitarmos as pessoas que moram aqui para que possamos valorizar o nosso povo e também a nossa economia. Ciência e Tecnologia da Informação está envolvida na vida das pessoas, tudo o que as pessoas fazem, tanto na vida profissional quanto na pessoal”, ressaltou o parlamentar.

O vereador ainda chamou a atenção para o equilibro, já que muitos jovens estão focando apenas na internet. “Nossos adolescentes e jovens estão viciados em internet. Ela é uma ferramenta maravilhosa e libertadora, mas também pode tirar a vida social. Tudo na vida precisa ter o máximo possível de equilíbrio. Quando as coisas são novas, alcançar o equilíbrio não é fácil, mas é necessário”, defendeu. 

O servidor Lucas Poltronieri parabenizou o debate e reforçou a a ideia de que a geração millennials precisa está em constante atualização. “Versatilidade de talentos, isso é importante em tempos de instabilidade econômica, onde não sabemos o que vai acontecer. É um assunto extremamente importante, afinal é conscientizar as pessoas sobre a necessidade de acompanhar o desenvolvimento tecnológico”, finalizou. 

Estiveram presente os vereadores Vinicius Simões (PPS). A próxima reunião está marcada para o dia 14 de novembro, às 10 horas, no Plenário Maria Ortiz. 

Texto: Nadine Alves
Fotos: Rhuan Alvarenga 

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