A Frente Parlamentar em defesa da Acessibilidade da Câmara Municipal de Vitória (CMV) recebeu especialistas em Terapia Ocupacional nessa quarta-feira (30/10), para falar cobre os benefícios dessa prática para as pessoas com deficiência.
A Mesa de Debate foi composta pelos vereadores Neuzinha de Oliveira (PSDB) e Davi Esmael e por: Meyrielle Belotti, professora adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Ufes, Eliania Pereira da Silva, presidente da Associação Brasileira de Terapia Ocupacional do ES (Abrato) e Gilma Correa Coutinho, professora adjunta do curso de Terapia Ocupacional da Ufes.
A professora adjunta do Departamento de Terapia Ocupacional da Ufes, Meyrielle Belotti falou sobre a contribuição da terapia ocupacional nos Núcleos Ampliados de Saúde Da Família e seus impactos na ruptura do isolamento social e na qualidade de vida da população com mobilidade reduzida ou sem mobilidade.
A terapeuta e professora falou um pouco sobre a história da profissão, que há 50 anos está reconhecida e regulamentada e hoje trabalha não só com reabilitação, mas também no campo da saúde e social e reúne tecnologias para a emancipação e autonomia das pessoas que, devido a uma problemática específica, apresentam dificuldades de inserção ou participação na vida social.
“Lançamos mão de tecnologias e recursos para a reinserção social desses indivíduos possibilitando uma melhoria de qualidade de vida”.
Os Núcleos Ampliados de Saúde Da Família (NASF) são equipes de profissionais que apoiam as equipes que já estão na saúde básica dividindo conhecimento.
Dentre as ações partilhadas com a equipe da Atenção Básica estão; atendimentos compartilhados, práticas de promoção à saúde, prevenção de agravos e ações de reabilitação.
Meyrielle destacou que, dentre os procedimentos clínicos da responsabilidade do terapeuta ocupacional estão: prescrição, confecção, orientação e treino de equipamentos de ajuda e de terapia assistiva, construção de projetos de vida, orientação, treino e habilitação para a realização das atividades de vida diária.
A professora adjunta do curso de Terapia Ocupacional da Ufes, Gilma Coutinho coordena um projeto na Universidade de tecnologia assistiva e terapia ocupacional para a comunidade. “O projeto atende a comunidade e pessoas com deficiência que são avaliadas e é identificada se a necessidade da pessoa é para a adaptação do uso de prótese ou de órtese”, explicou a professora.
A órtese auxilia as funções de um membro ou órgão compensando insuficiências funcionais e a prótese substitui um membro ou um órgão incapacitado.
A vereadora Neuzinha descreveu a luta para colocar terapeutas ocupacionais nas Unidades de saúde. “Vamos inaugurar em dezembro uma Unidade de Saúde em Santa Maria, e está prevista a construção de um CRAI lá também, mas o Poder Público trabalha a partir da demanda da população”, disse destacando a importância de as pessoas participarem das conferências municipais de saúde. “Quando você tem as pessoas participando desses campos, conseguimos mais recursos”, afirmou.
A terapeuta ocupacional Marina Batista Santos lembrou o quanto essas pessoas com deficiência, especialmente idosos. “Muitas violências acontecem com essas pessoas em domicílio, por desconhecimento de como ajudar”, disse.
“Esse é meu ponto, Marina. A população não tem conhecimento que tem direito a esse profissional. Precisa ser colocado para toda a comunidade a importância desse profissional”, disse a vereadora Neuzinha.
A Terapeuta Ocupacional Eliania Pereira agradeceu a divulgação que a Câmara tem feito do trabalho desse profissional. Ela relatou o caso de seu irmão deficiente que despertou nela o desejo de seguir essa profissão. “Na terapia ocupacional a gente não olha a deficiência, a gente olha a potencialidade, a gente acolhe para saber o que ele precisa, o que ele quer. É muito importante a reinserção no mercado de trabalho, porque todas as pessoas têm capacidade”, disse.
Gabriel Perdigão, estudante de Terapia Ocupacional e representante nacional dos estudantes de Terapia Ocupacional também elogiou essa publicização da necessidade desse profissional. “Este tipo de trabalho tem que chegar lá na ponta. Tendo concurso, ampliando o acesso, e com as políticas públicas, a população terá acesso a esse trabalho”.
Texto: Fátima Pittella
Fotos: Rhuan Alvarenga
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