Fiscais e técnicos esclarecem mortandade de peixes no canal de Santa Maria
terça-feira, 17 de setembro de 2024

Os vereadores das Comissões de Meio Ambiente de Saúde da Câmara Municipal de Vitória receberam nesta terça-feira (17/09), representantes do Ibama, Iema e da Secretaria de Saúde do Estado. Os técnicos foram convidados para esclarecer a recente mortandade de peixes na Baía de Vitória e suas implicações para a saúde pública. Dentre as observações feitas, os técnicos destacaram a presença de aterros que avançam sobre as águas do rio na região de Cariacica e Serra.

Participaram da reunião: Aline Areias, representante da Secretaria de Saúde Centro de Informações Estratégias de Vigilância em Saúde ( CIEVS ), Hezer Galletti, gerente de fiscalização do IEMA, Martina Raphael Gava, coordenadora de Monitoramento de Meio ambiente e Luciano Bazoni, representando o IBAMA.

O gerente de fiscalização do IEMA, Hezer Galletti relatou que o Iema recebeu a demanda pela Associação de pescadores e, após percorrer o trajeto, constatou a presença de peixes mortos.

APPs - Galletti contou que foram registradas irregularidades na ocupação das áreas de Preservação Permanentes (APPs), nas proximidades do complexo de empresas de logística da BR 101, em Cariacica.

“A prefeitura de Cariacica, então,  lavrou autos para que eles removessem os aterros que estavam avançando para os rios, corrigindo aquela irregularidade ambiental”, afirmou Galletti.

Essas empresas possuem processos de licenciamento ambiental junto à Prefeitura de Cariacica. Segundo o fiscal, a Prefeitura de Cariacica está adotando as providências administrativas para regularizar a questão ambiental das atividades dessas empresas.

“Independente destas constatações, fizemos o trajeto de subida e descida do rio, orientados pelos pescadores, e coletamos dez amostras de água para verificar se tinha algum contaminante que causasse a mortandade daqueles peixes. Ontem fizemos contato com o laboratório, mas os resultados ainda não estão prontos”, informou Galletti.

Escória - Ao ser questionado se havia escória no material desse aterro que está avançando no rio, Galletti disse que não conseguiu verificar visualmente isso. “Quando percorremos as empresas tínhamos essa informação de que elas estavam usando esse material. Mas na fase da implantação não foi possível confirmar, porque já estava compactado com terra e cimento. Na remoção desse aterro pode ser verificada essa informação”, garantiu.

Martina Raphael Gava, coordenadora de Monitoramento Costeiro, servidora da Secretaria de Meio Ambiente, afirmou que fizeram uma ação conjunta com a fiscalização, percorrendo o manguezal de Vitória.

“No dia 26 de agosto constataram uma massa de tainhas mortas na desembocadura do canal da vertente que vai para Cariacica. Fizeram a investigação da possível razão, mas na extensão de Vitória não constataram nada que justificasse isso”, afirmou Martina. “Ao chegar na área de Cariacica, na área do Contorno, perceberam peixes agonizando e o aterro avançando sobre a área de preservação permanente”.

Ela alertou para a redução do manguezal por conta desses aterros. “Estamos vendo um avanço de aterros na Serra e em Cariacica, como se houvesse um estrangulamento do manguezal porque são aterros em áreas que são alagadas. Então precisa-se fazer essa notificação junto à Serra e Cariacica. Nós estamos no meio, e tudo vai vir para Vitória, a natureza traz tudo para cá”, ressaltou.

Luciano Bazoni, chefe da divisão técnica ambiental do IBAMA, acrescentou que no momento atual é importante que a Câmara esteja envolvida e cobrando dos órgãos. “Temos que olhar a nascente dos afluentes, a qualidade da água, e tudo que vai influenciar na mortandade dos peixes. Devemos preocupar não só com o caso momentâneo, mas temos que olhar de uma forma mais macro”, disse.

Agrotóxicos - Ele alertou também para o uso de agrotóxicos não autorizados e que impactam no curso das águas. “Um dos problemas aqui no Estado é a utilização de agrotóxicos não autorizados. O contrabando de agrotóxicos é um problema que contamina o pescado”, disse.

Aline Areias, representando a Secretaria de Saúde Centro de Informações Estratégias de Vigilância em Saúde ( CIEVS ), contou que atua na resposta de possíveis emergências em saúde. “Fazemos um monitoramento da parte de notificação compulsória como os quadros das doenças diarreicas agudas e as doenças exógenas. Até o presente momento não identificamos nenhum aumento em relação a esses dois agravos”.

Os vereadores agradeceram a presença dos convidados e se dispuseram a acompanhar o assunto.

 

Texto: Fátima Pittella

Imagem: Will Morais

 

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