Mulheres vamos à luta!!
Pensar em políticas públicas para a mulher requer um pouco mais do que reflexão. Exige compromisso com a mudança. Saber o papel que ela exerce na sociedade e o que ela representa no contexto político e social brasileiro. Por natureza, a mulher administra a casa e a família, e ainda consegue conciliar o seu tempo com o trabalho e os estudos. Em consequência disto, a percepção da mulher se voltou às mazelas da sociedade. Ela se politizou, conseguiu chegar a cargos mais altos e teve conquistas importantes, porém, ainda não é suficiente.
Sem precisar ir muito longe, pense naquela mulher que cuida das crianças, da casa, do marido, trabalha fora e fica doente. Por morar no interior, ela vai para um hospital da cidade e descobre que ali não pode ser atendida adequadamente, pois não há infraestrutura como na capital. Aí vem o primeiro problema. Sair de sua cidade, sozinha, pois o marido também trabalha, deixa os filhos com uma vizinha ou um familiar, e vem somar na fila dos adoentados que precisam de urgência no atendimento e de cuidados especiais. Quando chega aqui percebe que, como ela, tem mais um monte de gente na mesma condição, pelos corredores, sem saber quando nem como serão atendidas.
Aí vem a questão. Não adianta colocar mais ambulâncias para o transporte de pacientes se eles chegam ao hospital e não encontram vagas. Porque não estruturar os hospitais do interior e tirar a sobrecarga dos que atendem na Grande Vitória? Resolveríamos os problemas que agravam as doenças do nosso povo. E não podemos nos esquecer da nossa equipe médica que também trabalha no limite. Enfrentam diariamente as perdas indesejáveis que poderiam ter evitado com um pouco mais de investimento e mais tempo para cada paciente.
Mas também não adianta só reclamar. Temos que saber cobrar. É necessário lutar para que o conselho da saúde seja composto por pessoas honestas, que assinem a prestação de contas com sabedoria e conhecimento das normas que regem os hospitais.
A educação também deve ser pensada com mais cuidado. Cadê aquelas crianças que entravam na sala de aula trazendo uma maçã para o professor junto à uma carta de amor. Cadê o carinho com que o professor cuidava de seus alunos na hora de lecionar. As brincadeiras saudáveis de antigamente já não se vêem mais. Hoje, enfrentamos o bulliyng, aquela gozação repetitiva e humilhante que alguns alunos mais vulneráveis têm que aguentar. Não há limite, nem respeito ao próximo, como nas escolas de outrora.
A mãe, a professora, a aluna que é violentada dentro das dependências da escola, a tia, a avó e todas as mulheres que se sensibilizam com esta situação, devem ir à frente de lutas para cobrar condições de ensino e infraestrutura. Mas, para cobrar tem que participar, acompanhar o conselho da escola, conhecer o regulamento do Conselho de Alimentação Escolar e pensar que quando o conselheiro é conivente com irregularidades na prestação de contas de uma escola, ele está contribuindo para a degradação do ambiente escolar e do ensino da futura geração.
O universo feminino é complexo e abraça todas as causas humanitárias de igualdade e justiça que começa em casa e vai para as ruas, partindo do individual para o pensamento coletivo. Quando uma mãe fica sabendo que seu filho não irá estudar por falta de vagas e que ele também não poderá mais jogar bola na rua, pois a violência está ameaçando a tranqüilidade da família, ela começa a perceber que está faltando alguma coisa, que está faltando mais amor e compaixão na forma com que estão sendo constituídos a nossa cidade, estado e o nosso país.
A constituição federal foi pensada pelos homens, com a participação mínima da mulher. Apenas em
Meu recado é a você, mulher, que está decepcionada com a realidade que se forma diante os olhos. Arregace as mangas como quando se arruma a casa e vamos arrumar a nossa sociedade. Pegue para você algumas responsabilidades no poder público e participe para melhorar!
Neuza de Oliveira (PSDB)
Data de Publicação: quarta-feira, 22 de abril de 2009
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