Educação: o pilar para o desenvolvimento social

 

 

Educação é o ato de educar, orientar, acompanhar, nortear, mas também o de trazer de "dentro para fora" as potencialidades do indivíduo. Nestes termos, também cabe à educação a tarefa de transmitir e exercitar os direitos e deveres para o completo domínio da cidadania.

 O fato, é que os professores, no Brasil, enfrentam problemas sérios, na sua honrada função de educar. Em pesquisas feitas na internet, os fatores apontados como os principais problemas na educação brasileira, são eles: a falta de segurança e as drogas.

Houve um tempo em que a escola era considerada um lugar seguro: dos portões para dentro, a única preocupação era com o aprendizado. Atualmente o grande problema da educação brasileira não é a qualidade do ensino, mas a insegurança. Segundo uma pesquisa do Instituto de Opinião Pública e Estatística (Ibope), realizada em parceria com o movimento Todos pela Educação, revelou que 50% dos entrevistados apontaram à falta de segurança e as drogas como grandes vilões da educação pública.

Isso não significa que o ensino público de qualidade não é nossa grande preocupação, mas o ambiente escolar precisa ser tranqüilo para que favoreça a aprendizagem, o que está muito longe da realidade Brasileira.

As escolas capixabas acompanham a tendência nacional. Em Vitória, não faltam casos em que a violência invade o ambiente que deveria ser de cidadania, comprometendo a qualidade de ensino. Em meio à violência, os alunos e professores da rede pública ficam desmotivados e são levados a desacreditarem na Instituição.

Essas constatações me levaram a criar o projeto de Lei que autoriza o Poder Executivo a destacar parte da Guarda Civil Municipal para atuar em Unidades de Ensino do Município. Devo acrescentar que na data em que protocolei o projeto, 17 de maio, jornais noticiaram que um menino foi baleado dentro de uma escola em Vila Velha e um professor, que já foi esfaqueado por um aluno, declarou que, com medo da violência, queria dar aulas armado. Temos que mudar essa realidade!

As escolas públicas da capital precisam de muito mais que obras inacabadas. Precisam incentivar a arte, o esporte,o lazer e concomitantemente o interesse pelo conhecimento.

Outro problema enfrentado é a reposição salarial, falta de vagas nas escolas e ainda a inadequada estrutura física das mesmas. Por isso é de suma importância que continuemos fazendo reuniões com a Comissão de Educação, para que os representantes desta área se manifestem.

Este ano, foi protocolado, junto com os demais vereadores, um Projeto de Emenda à Lei Orgânica que tem como meta beneficiar cerca de 3 mil professores da capital. A proposta é que a educação de Vitória receba uma verba de cerca de R$ 3 milhões ao ano, referente ao valor economizado no orçamento corrente do Poder Legislativo municipal.

 Somente no ano passado, foram entregues à Prefeitura da Capital, R$ 3,5 milhões. A Câmara Municipal de Vitória tem um dos orçamentos mais baixos em relação à receita do município. Em 2008, representou 2,13% da receita arrecadada com impostos e transferências.

É por meio da educação que as transformações sociais acontecem. Cabe à educação a tarefa de transmitir e exercitar com os professores e representantes das áreas de ensino, os direitos e deveres para o completo domínio da cidadania.

 

A educação deve ser vista, nos dias de hoje, como uma preparação para a vida: Trata-se de garantir a segurança do emprego e a aptidão para o trabalho, de permitir a cada um satisfazer as demandas de uma sociedade em rápida evolução, assim como as mudanças tecnológicas que condicionam hoje, direta ou indiretamente, cada aspecto da existência e, finalmente, de conseguir responder à busca da felicidade, do bem estar e da qualidade de vida.

 

 

Fabrício Gandini (PPS)

 

 

Data de Publicação: segunda-feira, 29 de junho de 2009