O que há de errado com a Educação Pública?
No quadro social em que vivemos atualmente, a presença da contradição e da desigualdade ainda é fato. Vários estudiosos tentam entender o porquê de tamanha diferença entre as classes e descobrir a solução.
Dentre tantas teorias, uma palavra está sempre presente nestes debates: a educação. Não é para menos. Nossa formação intelectual e, consequentemente, o nosso crescimento profissional, está intimamente ligado àquilo que nos ensinam durante a nossa infância e juventude.
As famílias que podem investir em qualificação profissional e que pagam por um ensino de qualidade à criança desde o início da fase escolar, aumentam significativamente as chances dela conquistar a independência financeira e o sucesso como profissional, no futuro. Claro que podemos citar vários casos de superação dos quais pessoas que lutaram sem nenhum recurso financeiro e, mesmo assim, conseguiram mudar a realidade delas. Entretanto, no geral, elas são exceções.
Portanto, acredito que só alcançaremos qualidade de vida, investindo na educação. É notória as mudanças conquistadas no âmbito escolar público, com os investimentos do governo na infra-estrutura e na informatização das escolas. Mas, o que há de errado já que estes equipamentos não garantem o aprendizado dos alunos? O que devemos mudar na estratégia, e que tipo de investimento deve ser feito, visto que aumentam os casos de violência entre aluno e professor e, assim, há queda na qualidade de ensino?
Este é um debate que deve ser feito na base, com aqueles que usam o serviço público de ensino que hoje é motivo de "chacota" pelos jornais do Estado. A educação abrange todas as esferas e deve ser pensada em sua complexidade que vai desde a formação da criança, à re-educação nos sistemas carcerários e até à garantia da profissionalização dos que querem mas não possuem condições financeiras.
Como vice-presidente da Comissão de Educação, venho pensando nos problemas que enfrentamos diariamente e me deparo com uma realidade triste. As crianças pobres não estão sendo preparadas como as mais favorecidas financeiramente.
Enquanto uma vai à escola, após um farto café da manhã, e ao chegar tem o seu tempo livre para se dedicar a outras atividades como balé, inglês, natação, etc, a outra chega em casa com fome, às vezes mal tem do que se alimentar, e, sem o tempo livre deve cuidar dos irmãos e, muitas vezes, trabalhar na rua para ajudar os pais em casa. A educação de qualidade depende de uma série de fatores sociais ligados à estrutura familiar e ao âmbito social em que a criança se insere.
Os políticos detêm o poder de transformação, mas estão ali como porta-vozes do povo. Portanto, opine, dê a sua contribuição com idéias, pois participar com sugestões é um dever de todos numa esfera democrática.
Vereadora Neuzinha de Oliveira
Data de Publicação: terça-feira, 17 de novembro de 2009
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