Em 1982, portanto há 30 anos, o povo de Vitória elegeu 19 vereadores desacompanhados da eleição do prefeito, porque as diretas para as prefeituras das capitais ainda estavam proibidas pelo Regime Militar. O prefeito era nomeado. Vitória tinha então 210 mil habitantes. Na eleição seguinte, em
Para evitar que o Judiciário brasileiro legislasse indevidamente, o Congresso Nacional emendou a Constituição Federal, regulando clara e detalhadamente a questão. A norma legal é rigorosa com o limite de gastos. No caso de um município do porte de Vitoria o percentual máximo é de 5% do orçamento municipal. Mas hoje nossa Câmara despende exatos 2,11%, ou seja, nem a metade do que seria permitido por lei. E assim deveria ficar mesmo com a ampliação do número de vagas que a mesmíssima emenda constitucional permite, que é de até 23 vereadores. As duas questões são perfeitamente compatíveis em Vitória: despesa reduzida, mesmo com a ampliação da representação parlamentar.
Desde a virada do século XIX para o XX, Vitória vem construindo sua centralidade no ES, particularmente depois das ferrovias ligando a capital a Cachoeiro de Itapemirim e a Minas. A própria região metropolitana, da qual emergiram grandes municípios como Vila Velha, Cariacica e Serra, é coisa muito recente. Vitória tem sido por isto o centro, de direito e de fato, de todo Estado.
Para cá chegaram pessoas de todo o ES, pois até pouco tempo atrás era aqui onde estavam os bons empregos, as boas escolas e as boas oportunidades. Temos uma população da gema, convivendo com gente procedente de toda parte. Um povo diversificado, heterogêneo. O último prefeito eleito nascido em Vitória foi Vitor Buaiz. Vários dos atuais vereadores nasceram em outras cidades e para cá vieram pelas mesmas razões que trouxeram para a capital boa parte dos que hoje nela vivem. Em quase todas as famílias do interior tem alguém que mora
Por isto entendo que a limitação de 15 vereadores equivale a um déficit na representação de tamanha diversidade. É certo que nove partidos estão representados por vereadores de origens sociais diversas. Mas temos apenas um negro, uma mulher, um empresário. Nenhum operário, nenhum artista e nenhuma pessoa com deficiência, etc. É necessário enriquecer a representação. E, como ensina à dialética, é da quantidade que se extrai a qualidade.
Vereador Namy Chequer (PCdoB)
Data de Publicação: segunda-feira, 19 de setembro de 2011
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