Sabemos que os banqueiros, com raras exceções, pouco investem no bom atendimento e principalmente na segurança física e psicológica das pessoas que trabalham e dos clientes de seus estabelecimentos. Eles estão mais preocupados somente em atingir maiores lucros. Quando investem é para aquisição de novas tecnologias para substituir a mão de obra humana, como fizeram no caso dos caixas eletrônicos, que não fazem greve, nem reivindicam hora extra, nem carteira assinada.
Os lucros dos bancos brasileiros, especialmente após salvos pelo Proer, no Plano Real, só se multiplicaram e vários deles começaram grande expansão de filiais para o exterior, onde cumprem totalmente as leis de segurança, sem economia de equipamentos, porque a fiscalização existe e é rigorosa.
Lá eles investem em segurança, como primeiro item para abrir estabelecimento financeiro.
Em Vitória, e também em toda a Grande Vitória, já se tornou rotina a onda de assaltos, onde a maior especialização é alguém, um criminoso, ficar dentro do banco observando quem saca quanto, e outros do lado de fora, geralmente de motos, para seguir a vítima. O pior é que os bandidos escolhem sempre moleza, para evitar maiores riscos e, assim, atacam idosos, mulheres...
Em nosso município, na capital do Estado, as portas de segurança implantadas por boa parte das agências bancárias ainda não foram capazes de dar total segurança aos bancários e clientes em geral. Alguns bancos não adotaram nem mesmo a porta de segurança, básico em qualquer estabelecimento financeiro. Outros, ainda não observam as regras mínimas de segurança. O investimento costuma ser apenas duas câmeras e dois (ou até um mesmo) agentes de segurança. Isto acontece na maioria dos postos de pagamento, estes que eles dizem ser fáceis.
É uma realidade, em todo o país, não é só em Vitória. Até nas montanhas capixabas, outrora lugares tranquilos, pacatos, hoje é só consultar o noticiário para verificar a violência em assaltos a bancos cheios de agricultores, gente calejada da lavoura, assustados com tiroteios e mortes que antes só viam pelo TV.
Há exatos quatro anos, eu fui autor da lei 7686/2009 aprovada na Câmara Municipal de Vitória e publicada em 06/06/2009, que determina total e rigorosa adoção de moderno sistema de segurança interno e externo, para bancários e clientes, em toda capital capixaba, em circuito fechado de televisão, com monitoração e gravação eletrônica de imagens.
De lá para cá, só tem aumentado o índice de violência e assaltos nos estabelecimentos bancários e os investimentos em segurança continuam os mesmos, ou seja, sem nenhuma perspectiva de melhoras, de tranquilidade para a população.
Como cabe ao Poder Legislativo criar as leis do município que representa, cabe ao Poder Executivo a fiscalização necessária para o cumprimento das regras que devem vigorar em cada coletividade, visando a paz social.
É competência municipal editar normas suplementares de segurança das instituições financeiras, perfeitamente amparadas no artigo 30 da Constituição Federal.
Assim, com a lei de minha autoria, creio estar nas mãos do Prefeito João Coser, cuidar do seu cumprimento para a tranquilidade, principalmente de clientes e bancários, mais diretamente, mas em nome e por toda a sociedade capixaba.
Ademar Rocha (PTdoB)
Data de Publicação: terça-feira, 06 de março de 2012
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