Apesar da recente determinação para o fim do FUNDAP, o momento econômico vivido por nosso país tem favorecido o desenvolvimento do Espírito Santo. As perspectivas de exploração de petróleo e a inauguração da sede administrativa da Petrobras em Vitória chamam à atenção de empresas prestadoras de serviços que pretendem se instalar no Município. Este crescimento dinamiza o mercado profissional na Grande Vitória a atrai cada vez mais pessoas para a região. O aumento do poder aquisitivo e o crescimento da frota de veículos particulares tem sido uma consequência deste cenário. A insustentabilidade deste modelo de transporte tem gerado a busca de uma nova configuração de mobilidade urbana para o desenvolvimento da cidade de Vitória. Neste sentido, acredito que os serviços de táxis podem preencher lacunas do transporte público, oferecendo um serviço coletivo de qualidade e adaptado às necessidades de cada indivíduo. O táxi contribui diretamente para atividades econômicas das cidades, oferecendo um serviço para pessoas que priorizam o conforto e o tempo em seus deslocamentos urbanos com as finalidades de negócio, turismo, lazer, compras ou emergências.
Grandes capitais brasileiras já comprovam a importância que este tipo de serviço tem para o desenvolvimento das regiões metropolitanas. Para se ter uma ideia, a cidade de São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes e com cerca 33.260 táxis circulando, possui uma média de 338 habitantes para cada táxi, geridos por um sistema online de contratação do serviço e consultas gratuitas. Já a cidade do Rio de Janeiro alcança a melhor média nacional entre capitais, com 198 habitantes/táxi.
Se analisarmos o cenário da Grande Vitória, segundo informações de secretarias responsáveis, veremos que nossa capital possui hoje o total de 462 táxis circulando. Em números absolutos, Vitória fica atrás dos municípios de Cariacica (573) e Vila Velha (562), superando apenas o Município de Serra (354). Com uma população de aproximadamente 330 mil habitantes, Vitória possui uma média de 710 habitantes para cada táxi. Mais que o dobro da média de São Paulo e muito acima da melhor média nacional que pertence ao Rio de Janeiro.
A conclusão que se chega é que com a diversidade econômica operando positivamente e a demanda gerada pela “Lei Seca”, o número de táxis na cidade ainda é insuficiente. Mais do que isso, Vitória necessita de veículos que possam circular livremente através do sistema de cooperativas geridas por aparelhos de rádiotáxi. A ferramenta tornará o serviço mais dinâmico e acessível para os usuários. Também é importante que o serviço se aproxime cada vez mais da realidade de quem os contrata como, por exemplo, através da criação de um site que calcule o valor dos trajetos, ou até mesmo com a permissão de placas de táxis executivos que se adaptem a necessidades de cada usuário.
Ainda faltam políticas públicas que garantam a qualidade do serviço de táxis em Vitória, e neste ponto é impossível não falarmos da situação dos veículos clandestinos no nosso Aeroporto. É dever da Prefeitura de Vitória intensificar as fiscalizações inibindo a atuação daqueles que, ilegalmente, desqualificam esta prestação de serviço na cidade. Além disso, é primordial que o Poder Público crie oportunidades de qualificação profissional ao taxista com objetivo de agregar qualidade ao atendimento e estimular o turismo em nossa ilha. Nossa capital já presencia mudanças socioeconômicas que demonstram que cada vez mais estamos sufocados por modelos ultrapassados de mobilidade urbana, por isso justificam-se a realização de estudos e a aplicação de novas ferramentas, inclusive legislativas, para aperfeiçoar o serviço de táxis na cidade de Vitória.
Data de Publicação: sexta-feira, 25 de maio de 2012
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