A frase cantada por Lulu Santos é a mãe de todas as verdades. E é com ela que a Câmara de Vitória se despede daquilo que já foi um importante instrumento em favor da democracia, mas que, com o tempo, se voltou contra o povo: o voto secreto. No tempo do Regime Militar o voto secreto se transformou numa salvaguarda da liberdade. Graças ao escrutínio secreto era possível votar contra os generais no Congresso Nacional, contra os governadores biônicos nas Assembleias Legislativas e contra os prefeitos nomeados nas câmaras municipais. Muitos parlamentares ficavam a salvo das perseguições e até cassações de seus mandatos, sob a proteção do sigilo do voto, mantido obstinadamente nos regimentos internos das casas legislativas.
Porém, hoje, em plena democracia, esta modalidade de voto não se justifica mais. Tem servido apenas para ocultar, do povo, a verdadeira posição do senador, deputado ou vereador. Portanto, aquilo do qual o povo sempre se beneficiou no passado, agora tem sido usado e abusado contra o mesmo povo. Na política, como na vida de maneira geral, as coisas são assim. É do velho que nasce o novo, que, por sua vez, ainda contém dentro de si muita coisa do velho. Daí a necessidade de fazer a luta avançar sempre, a fim de que o velho não se restabeleça. O voto plenamente aberto adotado agora pela nossa Câmara Municipal não pode ficar como uma conquista em si mesma, mas sim para fazer a cidade avançar, progredir.
Namy Chequer - PCdoB
Data de Publicação: segunda-feira, 23 de setembro de 2013
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