Segurança pública: a favor da democracia e de uma polícia preparada e inteligente

Medidas importantes como mais verbas para reequipamento e valorização salarial das polícias, aumentos de efetivos e de investimentos orçamentários em segurança pública, produziram apenas melhoras temporárias. 

 

Atenuam, mas não resolvem o problema. Não adianta sistema de segurança conjunturalmente melhor se a sua estrutura não estiver adequada às suas finalidades e permanecer intocada.

 

Todos os poderes constituídos  devem se articular com a sociedade civil organizada, que por sua vez colocará suas necessidades e sugestões para redução dos índices de violência. 

 

Quem sabe assim não precisemos mais ouvir a frase que ensurdeceu o Brasil no final de outubro de 2013: “porque o senhor atirou em mim?”. A frase atribuída ao jovem Douglas Rodrigues, assassinado pelo disparo de uma arma de um policial na Zona Norte de São Paulo ainda não foi respondida. E nem é uma equação para uma resposta exata. 

 

O episódio reflete, por muitas vezes, um cenário igual também do outro lado. Em maio daquele mesmo ano, um jovem assassinou um professor na porta da escola onde lecionava em Cariacica, ao ser preso, a frieza e ironia:  “simplesmente fiz”. 

 

Trazendo para a realidade de Vitória, de acordo com dados da Unesco do ano de 2000, nossa capital é a terceira no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no país.  Por outro lado, ocupamos as primeiras posições nos indicadores de violência urbana e criminalidade. 

 

No meio desse fogo cruzado buscamos respostas, saídas, esconderijos e alternativas. A classe política precisa de um debate inteligente, sem amadorismos e passionalidade. Fundamentalismo por fundamentalismo gera ainda mais violência. 

 

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman estuda a forma como as classes dominantes qualificam o medo para construírem as suas cidades. Ele diz que “o medo é um elemento pedagógico fundamental para a passividade”. Em nosso dia a dia vemos essa realidade de forma evidente: é o medo da favela, medo do negro, medo das manifestações, etc. 

 

Precisamos romper com essa lógica, organizar as comunidades e requerer junto aos agentes públicos a adoção de medidas para superação desse quadro. É chegada a hora de realizarmos um movimento de ação para concretizar mecanismos que ajudem a reverter às estatísticas. Com a emergência, transparência, efetividade e compromisso que a situação exige.

 

 

Marcelão (PT).

Data de Publicação: terça-feira, 13 de maio de 2014

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