Escola de empreendedores para um tempo de crise

Em momentos de baixo crescimento econômico e de aumento do desemprego, o empreendedorismo deixou de ser um debate apenas teórico e passou a fazer parte do cotidiano das pessoas, envolvendo empresas, entidades não-governamentais, universidades e instituições políticas.

 

No Brasil, essa atividade é monitorada pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM Brasil), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), com apoio da FGV-SP, UFPR e Sebrae.

 

Em nosso país os números são animadores. Segundo os dados de 2013, a taxa total de empreendedores (iniciais e estabelecidos) representa 40 milhões de pessoas, com um expressivo contingente de indivíduos com idade entre 18 e 64 anos.

 

Deste total, 71% são empreendedores por necessidade, aqueles que iniciam um empreendimento autônomo por não possuir melhores opções de ocupação. O restante está nos empreendedores por oportunidade, aqueles que identificam um negócio promissor e o levam adiante, mesmo tendo alternativa de emprego e renda.

 

Mas apesar dos números mostrarem uma condição altamente favorável à cultura empreendedora, há uma lacuna a ser preenchida pelo poder público e que merece a nossa reflexão: a educação empreendedora na grade curricular de um município.

 

A maior parte das competências de um empreendedor não tem relação com os negócios e sim com o comportamento individual. Algumas destas podem ser aprendidas na educação formal, sobretudo ainda na infância. Mas as escolas municipais, na sua grande maioria, não estão preparadas para criar no aluno uma cultura de negócios. É raro ter projetos de "Educação Empreendedora" nas escolas primárias, que permita fortalecer a autoconfiança, facilitar a comunicação, aprender o significado do trabalho e do dinheiro. E na cidade de Vitória essa realidade não é diferente.

 

A prova disto é que não existem matérias sobre o assunto na grade curricular do município, o que limita o desenvolvimento das competências essenciais para a cultura empreendedora e reduz as chances de inserção sustentada no mercado de trabalho. E um tema tão importante, e que pode dar nova dinâmica para nossa economia, deveria ser prioridade no debate municipal.

 

A educação empreendedora propõe um trabalho conjunto entre professores e alunos que desenvolva competências essenciais e promova a inserção sustentada no mundo dos negócios. Não se trata de capacitação exclusiva para a criação de uma empresa, mas o desenvolvimento do potencial dos alunos para atuar em qualquer ramo de atividade, seja público, privado ou terceiro setor.

 

Luiz Emanuel

Data de Publicação: terça-feira, 28 de abril de 2015

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