Mobilidade Urbana: desafios e os caminhos do futuro.
A mobilidade urbana se apresenta como um dos principais desafios das grandes metrópoles no Brasil e no mundo. O deslocamento de pessoas em direção aos grandes centros em busca de serviços de qualidade, empregos e oportunidades de negócios contribuem para a concentração populacional nas grandes capitais e regiões metropolitanas.
No Brasil as condições de mobilidade urbana das cidades não são boas, e Vitória não foge à regra. Existem muitos congestionamentos, oferta insuficiente de ônibus, ônibus cheios nos horários de saída e chegada de trabalho. Nossas calçadas não são adequadas, além dos obstáculos para andar: lixeiras mal colocadas, carros estacionados, degraus, falta de rampas para cadeirantes. Mal cabe o pedestre!
Há ainda o impacto produzido no meio ambiente: poluição do ar, gasto de energia, e agressão ao ambiente natural pela expansão descontrolada das cidades.
Isso tem acontecido porque, há muito tempo, nossas cidades crescem sem que exista uma política de mobilidade urbana que pense no interesse dos cidadãos e não privilegie apenas o transporte individual, o automóvel. (no final de 2012 a frota de veículos na região metropolitana, era de cerca de 535.000 veículos, número que no ano de 2018 pode chegar a 1,1 milhão de veículos, significando um aumento de pouco mais de 100% segundo dados fornecidos pelo Detran).
Para criar uma política de mobilidade urbana eficiente, devemos pensar nos diferentes meios de transporte. Isto é, carro, motocicleta, ônibus, trem, metrô, taxi, bicicleta, além do pedestre, entre outros.
Ter uma política de mobilidade urbana significa ter um conjunto de princípios e diretrizes que orientem as ações públicas de mobilidade urbana e as reivindicações da população. Trata-se, por exemplo, de pensar e propor como será o deslocamento de pessoas e bens na cidade.
Quando não existe uma política de mobilidade urbana, ou quando ela não funciona bem, as pessoas deslocam-se como podem. Cada um busca a solução individual de seu problema, sem que exista um planejamento público eficiente. Isso não é bom, pois acaba atendendo os interesses de poucos, normalmente de quem tem mais recursos, e esquecendo-se da maioria sofre com as dificuldades de locomoção na cidade.
A questão é intermunicipal e afeta moradores de Cariacica, Vila Velha, Serra e Vitória. Os gargalos no trânsito se encontram próximos às divisas entre os quatro municípios e prejudicam todo o sistema de acesso à região central da capital, que acaba recebendo um fluxo de veículos três vezes maior que sua frota. Os engarrafamentos, então, se estendem além de seus limites.
Diante disso, fica a pergunta: o retorno do sistema de transporte aquaviário pode ser a solução?
Data de Publicação: segunda-feira, 09 de maio de 2016
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