Nenhuma mulher merece ser estuprada
Os resultados da pesquisa “Tolerância social à violência contra a mulher”, do Ipea, realizada em abril de 2016, mostram que 26% dos brasileiros concordam que as mulheres com roupas consideradas provocantes merecem ser atacadas.
Não temos dúvida que diariamente milhares de mulheres sofrem algum tipo de violência: física, moral, psicológica e sexual. Nas redes sociais, campanhas como “Eu não mereço ser estuprada” prosseguem em meio a ameaças, intolerância e uma onda de abusos contra mulheres nos ônibus, trens e nos metrôs.
Um fato que corrobora para o aumento da violência contra a mulher no Brasil é a tolerância social com esse tipo de agressão. Esta realidade explicitada pela pesquisa permeia o inconsciente coletivo e é traduzida, por exemplo, no momento em que uma mulher é violentada.
Neste momento percebemos com uma nitidez assustadora a nossa cultura machista traduzida em frases como: “alguma coisa ela fez para merecer isso”; “o que ela estava fazendo na rua a esta hora”; “ também , com uma roupa dessas só podia estar procurando” e outras similares.
Feia e imunda é uma sociedade onde a cada 5 minutos uma mulher é agredida. E é essa a nossa triste e trágica realidade. O mais boçal é que em quase 70% dos casos, quem espanca ou mata é o namorado, o marido ou ex-marido.
Diante deste quadro violento não há dúvidas de que precisamos sim combater a violência contra a mulher, mas também os preconceitos que geram e fortalecem essa violência. E para tanto precisamos de todos. Homens e mulheres. Sem mentiras, farsas e, principalmente, sem hipocrisia.
Marcelão (PT)
Data de Publicação: segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
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