Uma das maiores vantagens de se morar em uma ilha é poder ver e apreciar o mar em todos os cantos. Em minha opinião, a nossa baía é uma de nossas maiores qualidades e, por isso, precisamos cuidar bem dela.

 

Infelizmente, hoje, a Orla Noroeste está esquecida. A região, que contempla mais de 10 bairros, 72.000 moradores e se estende de Santo Antônio até a Ponte da Passagem, passando também pela região de Maria Ortiz, não vê obras de urbanização há muito tempo. O contrário do que acontece na Orla de Camburi, por exemplo, em que vemos investimentos no calçadão e em atividades para quem frequenta o local.

 

Pensando em reverter essa realidade, protocolei o pedido de criação da Frente Parlamentar pela Revitalização da Orla Noroeste. Meu objetivo é discutir ações que levem opções de cultura, lazer e turismo aos moradores da região, gerando empregos e ocupando os locais com as famílias.

 

Mais do que isso, a Frente Parlamentar pela Revitalização da Orla Noroeste visa despertar um projeto antigo, o Orla Viva, que entregou a um grupo de arquitetos um prêmio de R$ 125 mil pela proposta e assinou um contrato de R$ 2,3 milhões para desenvolver o projeto executivo.

 

O conjunto de ações que propomos é uma forma de explorar as oportunidades que o mar nos oferece e, como forma de agradecimento, melhorar a qualidade de vida dos moradores da região banhada pela Orla Noroeste. A orla de Andorinhas, por exemplo, poderia se tornar um espaço gastronômico, com barraquinhas e brinquedos para as crianças, o que poderia se estender também para a orla de Mangue Seco. Em Joana D’ac, uma área de lazer com campo e praça seria muito bem-vinda, tenho certeza.

 

Entramos em contato com a Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade (Sedec), para saber como está o andamento do projeto Orla Viva. Segundo a Sedec, o programa foi dividido em quatro fases: A Fase 1 contempla a região entre Santo Antônio e Nova Palestina, a Fase 2 é de Resistência à Andorinhas. Já a Fase 3 abrange os bairros de Goiabeiras à Maria Ortiz e por fim, teremos a Fase 4, que vai do Tancredão a Grande Vitória.

 

Ainda de acordo com a Sedec, para a região de Resistência à Andorinhas (Fase 2) estão previstos, além do passeio contínuo com calçadas, ciclovias e decks, uma proposta mais detalhada no concurso da Praça das Bandeiras (que ficaria na Ponte da Passagem) e a proposta para um uso sustentável da Ilha do Campinho. Além disso, estão sendo captados recursos no BID para dar continuidade aos projetos.

A Frente Parlamentar irá fiscalizar as obras da Prefeitura e, principalmente, cobrar para que elas saiam do papel e se tornem reais. Além disso, vamos olhar para as comunidades que fazem parte do projeto Orla Viva para entender a necessidade de cada uma. Aproveito para me colocar à disposição dos moradores para que possamos saber o que eles, os mais interessados, pensam e querem para o seu bairro.

 

Data de Publicação: segunda-feira, 20 de março de 2017