A educação na vida da criança filha de uma vítima de violência doméstica

A escola é um ambiente que contribui para o futuro e crescimento das crianças, não só físico, mas também enquanto cidadãos. Por meio de participações em projetos educacionais e interação com os colegas, os pequenos começam, aos poucos, a entender o seu papel na sociedade. Esse convívio é, desde cedo, essencial para aprender a dividir e a se colocar no lugar do outro.

A instituição de ensino, porém, nunca irá substituir a educação familiar, que é ainda mais essencial. A família, que é a base de tudo, deve estar bem estruturada. Quando isso não acontece, os impactos podem ser devastadores! Segundo a escritora Marie-France Hirigoyen, em seu livro “A violência no casal: da coação psicológica à agressão física”, de 20 a 30% das crianças que vivem junto a casais violentos sofrem igualmente com as agressões físicas.

A autora diz ainda que “Para uma criança, ser testemunha de violência conjugal é o mesmo que ter sido ela própria maltratada. A mãe pode cuidar para que seu filho não veja diretamente as violências, mas ele verá as marcas dos golpes e a infelicidade refletidas nos olhos dela”.

Desta forma, eu, enquanto vereador, propus o Projeto de Lei 68/2017, que já foi aprovado no Plenário e hoje aguarda o parecer do Prefeito. O PL prevê que crianças filhas de vítimas de violência doméstica tenham prioridade na hora da matrícula em creches, escolas municipais e conveniadas para crianças filhas de vítimas de violência doméstica. Esse é um pequeno passo para mudar a realidade que o Espírito Santo enfrenta, já que ainda faz parte do ranking dos 10 Estados que mais matam mulheres, segundo dados do Atlas da Violência 2017, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

O nosso objetivo é proteger as mães vítimas e também as crianças. Com os filhos na escola, a mulher poderá usar esse tempo para buscar novas oportunidades de trabalho e renda, alcançando assim a independência do agressor. As crianças, por sua vez, estarão seguras na escola, fora do ambiente de agressão e com acesso à educação de qualidade, onde aprenderão a viver em harmonia com pessoas de diferentes credos e raças.

A ampliação e o aprimoramento da rede de atendimento à mulher são fundamentais não apenas para o melhor acompanhamento das vítimas, mas também pelo seu papel na prevenção da violência contra a mulher. Por outro lado, garantir que essas crianças estejam na escola tendo acesso à educação de qualidade é primordial para que possamos enfrentar a violência de gênero.

 

Vereador Cleber Felix (PP)

 

Data de Publicação: sexta-feira, 20 de outubro de 2017

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