São pequenas coisas no dia a dia, que fazemos ou falamos sem pensar, que precisam ser modificadas. A luta pelo fim da violência contra as mulheres deve ser abordada em todos os setores da sociedade e devemos fazer um alerta para pequenas atitudes cotidianas que levam ao desrespeito à mulher. Levantar debates, análises e reflexões para diferentes formas de agressões são de extrema importância para evitar ações que podem desencadear violências mais graves contra mulheres.
A campanha internacional acontece desde 1991, e no Brasil ocorre desde 2003, no período em que ocorre o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, em 25 de novembro, e encerra-se no Dia Internacional dos Direitos Humanos, dia 10 de dezembro. Durante o período, ocorre outra data importante: o Dia de Mobilização de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher, Campanha Laço Branco, que acontece no dia 06 de dezembro, data que marca o massacre de 14 mulheres estudantes de Engenharia no Canadá, ocorrido em 1989, por um homem que entendia que mulheres não deveriam cursar Engenharia.
No Brasil, temos uma lei muito importante, conhecida como Lei Maria da Penha, mas que precisa ser viabilizada na prática. A mulher ainda é discriminada, sofre assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, pornografia de vingança (distribuição de imagens íntimas na internet sem autorização, após o fim de um relacionamento), violência sexual conjugal, violência psicológica, entre outros. Além do mais, as mulheres têm dificuldade de acesso a certos cargos, profissões e amargam diferenças salariais.
Como percebemos, a luta é diária. Antiga. A violência contra a mulher pode ocorrer de muitas formas e não apenas sexual. A mobilização anual, que conta com a participação de mais de 160 países, dispõe de diversos atores da sociedade civil e poderes públicos engajados no enfrentamento.
A importância do debate é imensa, pois visa sensibilizar, prevenir e orientar. É uma ação desafiadora, a cada ano, lidar com os números crescentes de violência contra a mulher. Devemos sempre, por meio do diálogo, quebrar concepções e paradigmas de que o homem seria superior à mulher ou propriedade dele. As mulheres possuem o mesmo direito de uma vida feliz, plena e sem medo.
Os 16 dias de ativismo em combate à violência contra a mulher são significativos para chamar a atenção da sociedade para diversas agressões a mulheres por pessoas do sexo masculino, em especial, parentes próximos, companheiros ou pais. Precisamos transformar a mente das pessoas para construir um mundo melhor, pois quando temos acesso a dados que mostram que a maior parte da violência contra as mulheres ocorre dentro de seus próprios lares, estamos diante de um problema cultural. O aspecto é complexo e um trabalho integrado deve ser feito para poder mudar isso.
Neuzinha de Oliveira (PSDB)
Data de Publicação: segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
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