O uso seguro das tecnologias de informação e comunicação (TIC) apresenta novos desafios quanto a interações sociais na medida em que as TICs se estruturam como um novo ambiente interativo, com potenciais vantagens e desvantagens. A ausência de intervenções voltadas para a promoção do uso seguro das TICs (ex., legislação, práticas educativas) se apresenta como importante fator de risco, tornando esse espaço um terreno propício para a perpetração de diversos tipos de violência. Neste sentido, o cyberbullying, definido como o bullying praticado por meio do uso de tecnologia de informação e comunicação, torna-se um problema mais e mais relevante nos dias atuais.
Os conflitos nesse espaço são claramente representados pela extensão de ações discriminatórias que sobrevivem nas redes sociais onde o cyberbullying ocupa uma posição relevante em meio a opiniões, comentários e outras formas de discurso online. Esta manifestação do racismo em espaços tecnológicos é permeada por ações discriminatórias que vão desde comentários dotados de teor racista à exposição de discursos de ódio propriamente dito. O fato é que o racismo encontra novas formas de expressão e repercussão, ampliada por meio das redes sociais. Portanto, a liberdade e autonomia proporcionadas pelo universo virtual fazem com que toda forma de comportamento omitido e condenado nas relações interpessoais do dia-a-dia se expressem de modo violento no cyberespaço.
Da prática do cyberbullying e outros crimes praticados através das redes, surge a discussão dos limites e penalizações das ações discriminatórias praticadas por cada pessoa neste meio de comunicação de massa tal como o questionamento sobre a responsabilidade e posição de cada sujeito, seja expectador, agressor ou vítima, diante destes fenômenos. A discussão deste artigo pretende aprofundar as possíveis contribuições de contextos educacionais para mitigar os efeitos de ações discriminatórias e promover o uso seguro das tecnologias de informação e comunicação (TICs), buscando a erradicação de práticas racistas deste espaço.
O racismo no Brasil não pode ser descartado. Ele existe, mas, no entanto, as pessoas não aceitam essa realidade. Muitos preferem ignorar que a exclusão acontece. Os negros brasileiros visitam os mais diversos tipos de sites, assim como os brancos, como, por exemplo, os de esportes, de música e em chats. A realidade brasileira é que são poucos os negros que possuem acesso à Internet, já que a maioria da população negra é de baixa renda. Sendo que menos ainda são aqueles que conseguem chegar ao ensino superior. Segundo o Mapa da Exclusão Digital, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas e pelo Comitê pela Democratização da Informática, considerando a população brasileira que se auto intitula negros e pardos, os incluídos digitais se restringem a apenas 17,74% dos internautas.
Wanderson Marinho (PSC)
Data de Publicação: terça-feira, 26 de dezembro de 2017
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