Após muitas discussões o texto do projeto de lei do novo Plano Diretor Urbano (PDU) de Vitória está agora na Câmara de Vereadores e entra em sua última fase de discussões e possíveis mudanças.
Já foi divulgado o cronograma de votação do projeto, inclusive com as possíveis datas das três audiências públicas que faremos em diferentes locais da cidade para apresentar as propostas e escutar os moradores a respeito do que eles esperam e desejam com as mudanças no PDU.
Até o início de março vamos discutir, ponto a ponto, este que é um dos documentos mais importantes para a organização e crescimento da nossa cidade nos próximos 10 anos.
É com ele que teremos condições de estabelecer as prioridades em questão de investimentos, quais áreas do nosso território podem receber mais imóveis e quais queremos proteger, onde se concentrarão os novos pontos comerciais e onde é necessário resguardar o ambiente natural sem intervenções.
Ligado a isso, há três questões importantes que vêm sendo foco de muitos debates pois esbarram em interesses legítimos de partes diferentes envolvidas. Um deles é o deficit habitacional, que faz Vitória perder moradores para outras cidades da Região Metropolitana, por conta da falta de espaços para se construir mais moradias, o que torna alto o custo de se viver na capital.
Outro ponto é o desenvolvimento das grandes vias de circulação, com fomento às atividades comerciais em locais estratégicos. Isso através da liberação das visadas, que são os pontos de visão de paisagens naturais, como por exemplo o Morro do Itapenambi, que fica entre avenidas Nossa Senhora da Penha e Leitão da Silva.
A minuta do novo PDU proíbe o crescimento de prédios que impeçam a vista de alguns morros da cidade pelo pedestre que esteja nestas avenidas.
Por outro lado, há quem defenda que a permissão de prédios comerciais ali traz para a cidade ganhos significativos, por atrair empresas a uma área de grande fluxo de pessoas.
E o terceiro caso é a necessária preservação do Centro histórico, com incentivo de cada vez mais espaços de cultura e lazer que, sem dúvida, é a maior vocação do local. Além da manutenção de repartições públicas que lá se encontram, pois promovem importante fluxo de pessoas diariamente, movimentando o comércio e mantendo a relevância da região para a cidade.
Evitando ainda o fluxo de mais órgãos públicos para a Enseada do Suá, bairro já saturado pelo trânsito ininterrupto provocado pela Terceira Ponte, shopping e grandes empreendimentos comerciais.
Assim, até a votação final do projeto, que tem previsão de ocorrer na segunda semana do mês de março, a Câmara de Vitória será um espaço para se discutir de que forma garantir o alinhamento de interesses que são legítimos, ainda que conflitantes, e precisam ser levados em conta na medida em que trouxerem contribuições para o coletivo.
Por isso, a participação popular é essencial para que estejamos seguros de que os moradores da cidade foram ouvidos. Uma das formas de participar é através da sugestão de emendas ao projeto. O prazo está aberto até o dia 13 de dezembro e as contribuições podem ser enviadas para pdu@vitoria.es.leg.br.
Davi Esmael (PSB) - É o relator na votação do PDU na Câmara de Vitória, onde exerce seu segundo mandato como vereador.
Vereador Davi Esmael (PSB)
Data de Publicação: segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
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