Março foi escolhido, por profissionais da saúde e portadoras de endometriose do mundo inteiro, para informar e conscientizar sobre esta doença que incapacita tantas mulheres, prejudicando suas vidas pessoais e profissionais.
A endometriose é uma doença inflamatória aguda no sistema reprodutor feminino, caracterizada pela presença de fragmentos do endométrio fora do útero. Pode afetar outros órgãos da região da pelve, como intestino e bexiga, e até mesmo outros mais distantes, como pulmões e cérebro. Esses focos, normalmente, se espalham através da corrente sanguínea. É complexo estabelecer as causas da endometriose, mas, em parte, a doença é provocada pela menstruação retrógrada, quando pequenas porções de sangue voltam pelo canal vaginal e alojam-se onde não deveriam.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose, aproximadamente 6 milhões de mulheres convivem com a doença no Brasil. No Espírito Santo, se considerar apenas as mulheres em idade fértil, este número pode chegar a 115 mil mulheres. A endometriose é uma doença silenciosa, que pode levar anos para ser diagnosticada corretamente, principalmente pela falta de informação não só da população feminina, mas também de especialistas. As mulheres acham que ser sentir fortes dores, além da cólica, na menstruação, é normal. Uma das principais consequências pode ser a infertilidade e a alteração no hábito intestinal. Muitas mulheres acabam descobrindo a doença durante as tentativas para engravidar, podendo sentir dor durante a relação sexual, ter inchaço abdominal ou apenas depois de muito sofrimento com as cólicas. Lembrando que a intensidade da dor não está relacionada ao “tamanho” da doença, pois algumas mulheres não sentem dor alguma.
A endometriose é também conhecida como a doença da mulher moderna, pois somos cada vez mais multitarefas: mãe; parceira; profissional e com inúmeras funções diárias, que geram estresse e podem baixar a imunidade. Com isso, nos tornamos mais receptivas à endometriose, que possui um componente imunológico e genético. Mas fiquem atentas, pois a doença pode ter fator hereditário, já que filhas de mães que sofrem de endometriose também podem apresentar os sintomas. Alguns médicos recomendam fazer atividades físicas e uma alimentação saudável para diminuir as chances de desenvolver o problema.
O momento para buscar ajuda médica é ainda na adolescência, logo no início dos sinais da doença, para amenizar o sofrimento o mais breve possível e prevenir a infertilidade. A doença não tem cura e o tratamento pode ser clínico, cirúrgico ou a combinação de ambos. Sempre visando o alívio dos sintomas, a prevenção de novos acontecimentos e a gravidez por vezes tão desejada.
Mulher, fique atenta aos sinais que o seu corpo dá principalmente com a proximidade do período menstrual, pois a endometriose é uma doença que pode afetar outros órgãos além dos arredores do útero. Ao sentir os sintomas, procure ajuda médica em sua unidade de saúde.
Neuzinha de Oliveira (PSDB) é vereadora de Vitória
Data de Publicação: terça-feira, 17 de março de 2020
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