Antes da década de 60, ao olharmos o cenário político e intelectual, tínhamos grandes referências de políticos e intelectuais de direita. Tínhamos na esfera política, pessoas como Carlos Lacerda, que foi governador do Estado da Guanabara e um anti socialista ferrenho. Na esfera intelectual, escritores do nível de Gustavo Corção, Gilberto Freyre, Miguel Reale e tantos outros. Grande era o número de políticos e intelectuais de direita no Brasil.

Porém, a esquerda após sofrer a derrota que foi a cassação do mandato de João Goulart, adotou outra estratégia que foi mais demorada, porém, mais eficiente para a chegada ao poder, que foi a estratégia gramsciana de ocupação de espaços. Se antes a esquerda visava se organizar em torno do partido e através deste tomar o Estado, começando a revolução de cima para baixo; com a revolução gramsciana a esquerda fez o inverso, ocupou espaços como as universidades, a mídia, a Igreja Católica através da Teologia da Libertação e boa parte das Igrejas Evangélicas através da Teologia da Missão Integral, os partidos políticos e, depois de décadas, a presidência da república; começando de baixo pra cima. Assim, a esquerda conseguiu acabar com o que se tinha de direita no Brasil, conseguindo uma hegemonia intelectual e cultural. Porém, aprouve Deus, que um homem surgisse no cenário intelectual brasileiro, este homem é Olavo de Carvalho.

Olavo de Carvalho nascido em 1947, Campinas, SP, foi o homem que quebrou a hegemonia intelectual da esquerda. No ano de 1996, Olavo publica o seu primeiro best-seller fazendo uma dura crítica aos intelectuais da época, a obra era “O Imbecil Coletivo” e essa obra foi o grande divisor de águas no Brasil, pois através desta que a hegemonia intelectual da esquerda brasileira foi quebrada. Olavo de Carvalho passa a ser o primeiro conservador a falar na mídia brasileira, após décadas de hegemonia de esquerda, com sua obra “O Imbecil Coletivo” e posteriormente, com a sua coluna no jornal “O Globo”.

Não se limitando a quebrar a hegemonia intelectual da esquerda brasileira, Olavo passa a introduzir intelectuais internacionais na literatura nacional que até então os brasileiros não conheciam. Se hoje os brasileiros leem Roger Scruton, Eric Voegelin, Theodore Darymple, Louis Lavelle e tantos outros, é por causa de Olavo de Carvalho. Também se demonstrando um grande filósofo escreve obras primorosas como “O Jardim das Aflições”, “Filosofia e seu Inverso”, “A Dialética Simbólica” e outras dezenas de obras de altíssimo nível. Olavo também se destaca como cientista político prevendo eventos da nossa política, décadas antes de se acontecerem, como os escândalos de corrupção do PT e a eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro.

Esta última previsão é uma consequência de seu trabalho incessante e majestoso em algumas áreas, pois ao se mudar para os Estados Unidos, Olavo começa um programa da rádio web chamado de “True Outspeak, a verdade de fato”, em que os cortes desse programa foram muito propagados em vários canais no youtube ainda na primeira década dos anos 2000. Foi nessa fase que Olavo de Carvalho começa a sua obra prima, o Curso Online de Filosofia (COF). Ali, Olavo começa a formar uma nova elite intelectual para o Brasil e desse curso saíram vários nomes que hoje tem exercido uma grande influência como Flávio Morgstern, Rafael Nogueira, Carlos Nadali, Ana Caroline Campagnolo e tantos outros que seguem dando continuidade ao trabalho de Olavo de Carvalho.

Diante de tudo isso, concluo que se existe uma direita hoje no Brasil e políticos de direita, foi porque aprouve Deus que tivéssemos um sobrevivente (é o que significa o nome Olavo) e que este sobrevivente criasse esta nova direita que eu faço parte. Obrigado, professor Olavo de Carvalho. Obrigado por ter mostrado o caminho para o qual devemos seguir e ter sido um exemplo de perseverança na defesa dos nossos valores e princípios.

 

Gilvan da Federal (Patriota) é vereador em Vitória.

Data de Publicação: segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022