Pulsão, agressividade, violência

Pesquisadores que estudam comportamento humano dizem que pulsão é uma força (energia) que guia o indivíduo a um objetivo. Afirmam que existem dois tipos de pulsões: pulsão de vida e pulsão de morte.

As pulsões de vida seriam como rios que desembocam descarregando a tensão que traz em si. O objetivo da pulsão de vida é a conservação da própria vida, garantindo a sobrevivência do indivíduo. Já na pulsão de morte há tendência à desordem, ao caos, aos impulsos de destruição, de violência e agressividade que estão dentro de todos nós.

Número considerável de psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, pesquisadores e escritores definem agressividade como algo natural ao ser, seja humano ou animal. Afirmam ser necessária para autoconservação e conservação da espécie possibilitando ações e posicionamento perante a sociedade. Isso é somente agressividade.

Para alguns destes estudiosos a violência é agressividade. Desequilibrada, é uma reação ao sentimento interior de frustração, de carência, de capacidade de amar, de altruísmo. Isso desencadeia comportamentos destrutivos. Apontam ainda que a violência é sempre uma reação por algo passado ou presente. Citam como exemplo uma criança que sofreu abusos, espancamentos e maus tratos. Mais tarde pode apresentar reação.

Nos dias de hoje estamos convivendo com todo tipo de violência, a chamada violência urbana. Uma das mais comuns é a violência psicológica, que pode acontecer através de uma ou mais pessoas e se manifesta de forma verbal. Estas condutas ocorrem em todos os âmbitos: familiar, escolar, social, profissional.

Outro “campo minado” onde a violência verbal tem feito muitos estragos é nas redes sociais, onde o agressor se esconde no anonimato para atingir a honra das pessoas ou promover fake-news ou pedofilia.

Ainda neste contexto da violência urbana a gente pode refletir sobre os inúmeros tiroteios que ocorrem semanalmente em toda a Grande Vitória.

Diante dessa situação e do que estou expondo nessas linhas eu pergunto: violência é um problema só de segurança pública? É um problema somente de Governo? Ou seja, federal, estadual e municipal? É um problema familiar, escolar, da comunidade ou da igreja?

Quantos jovens estão morrendo antes de atingir a maioridade? Quantos torcedores estão sendo impedidos de sair às ruas com camisa de seu time de coração temendo serem mortos por torcida adversária? Quantas mulheres estão sendo assassinadas pelo machismo? Quantas crianças, jovens e adolescentes estão sendo alvos de assédio sexual? Quantas pessoas estão sendo vitimas de assédio em seus locais de trabalho?

Se você acha interessante a gente debater este assunto compartilhe este artigo e entre em contato comigo para juntos propormos uma agenda de discussão.

Vereador Luiz Paulo Amorim (Solidariedade)
Os textos publicados no Canal de Opinião são de inteira responsabilidade dos vereadores e seus assessores