Partidos orgânicos, sem donos

Partidos orgânicos, sem donos

 

 

Tem sido noticiado pela imprensa que o TSE – Tribunal Superior Eleitoral foi acionado para que baixe uma resolução devolvendo aos partidos o mandato dos parlamentares que deixaram as siglas pelas quais se elegeram.

 

A fidelidade partidária consta da pauta da Reforma Política, projeto que se arrasta no Congresso. Todos defendem que a reforma precisa ser feita, mas não vemos ninguém com coragem para dar andamento e aprová-la.

 

Nós últimos dias a imprensa local divulgou que o PDT, partido pelo qual me elegi vereador, entrou com uma ação no TRE – Tribunal Regional Eleitoral para tentar reaver a minha vaga, visto que me desfilei daquela agremiação.

 

Os motivos que concorreram para a minha desfiliação foram muitos: o primeiro deles é que muitos partidos, inclusive o meu, só existem no papel e em épocas de eleições, fora disso não funcionam; o segundo é que quando me elegi fui procurado por alguns dirigentes do PDT para nomear alguns cargos no meu gabinete, como não cedi às pressões, passei a ser um desafeto; um terceiro motivo é que quando fomos eleitos, participamos de uma ampla frente que apoiou e elegeu o prefeito João Coser e, desde a minha posse, tenho sido fiel a essa aliança, isso tem trazido constrangimentos e incomodado a alguns dirigentes do partido que querem fazer oposição, pois já estão pensando nas próximas eleições; por fim, não tomarei nenhuma atitude que esteja em desacordo com os meus princípios e com o compromisso ético que tenho com aqueles que me elegeram.

 

Diante disso, entendo que um partido tem que ser uma entidade orgânica que reúna seus filiados e suas lideranças e que, além de participar de pleitos eleitorais, contribua na formulação de políticas públicas para melhoria da cidade, do estado e do país. Pensar somente em cargos políticos e empregar parentes não é tarefa de um partido e, nem tão pouco, de seus dirigentes, que deveriam estar comprometidos com as causas sociais.

 

As preocupações de muitos são os empregos, os cargos na administração municipal e as próximas eleições, mas a minha é de fazer um mandato comprometido com a ética, com a responsabilidade, respeitando os votos recebidos e, principalmente, trabalhando para a construção de uma cidade igual, justa e humana, com oportunidade para todos.

 

Respeito à atitude do partido ao requerer junto ao TRE o meu mandato, mas discordo das posições que são tomadas dentro dele por alguns dirigentes que se sentem donos do partido, sem ouvir as bases e os seus inúmeros filiados.

 

Por isso, entendo ser urgente a Reforma Política, assim teremos partidos mais fortes que respeitarão suas lideranças, em especial aquelas que participam dos pleitos eleitorais e recebem a aprovação popular.

 

 

FABIO LUBE RANGEL

Vereador

Data de Publicação: terça-feira, 17 de abril de 2007

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